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Impactos das novas tarifas norte-americanasA nova rodada de tarifas de 50% afeta diretamente diversos setores exportadores brasileiros e passa a valer a partir de 1º de agosto. A medida amplia a tensão comercial entre os dois países e se soma a taxas já existentes sobre produtos como aço e alumínio.A relação comercial entre Brasil e Estados Unidos é relevante: só em 2024, as exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 40,3 bilhões — um crescimento de 9,2% em relação ao ano anterior, segundo dados oficiais. Os Estados Unidos absorvem cerca de 12% de tudo o que o Brasil vende ao exterior, com destaque para petróleo bruto, ferro, aço, celulose, café, suco de laranja, carne bovina, aeronaves e equipamentos industriais.Tensões políticas e acusações de motivação ideológicaDonald Trump tem adotado um discurso protecionista desde o início de seu governo e não poupou críticas aos países do Brics, incluindo o Brasil. Em declarações recentes, acusou o país sul-americano de não agir de forma justa com os Estados Unidos e chegou a ameaçar tarifas ainda mais pesadas.A decisão também tem implicações políticas. Após demonstrar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Trump intensificou as pressões sobre o Brasil. Autoridades brasileiras não descartam motivações ideológicas por trás da medida.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que, caso não haja consenso até a data estipulada para o início da taxação, o Brasil poderá adotar medidas de retaliação com base na reciprocidade. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou a decisão como “política”, sem fundamentos econômicos. Ele sugeriu que a ação pode ter sido influenciada por aliados de Bolsonaro nos EUA.