O mercado financeiro voltou os olhos para a Petrobras após sinalizações do governo sobre a necessidade de dividendos extraordinários para ajudar a cumprir a meta fiscal. A expectativa já se reflete no volume de negociações: a ação PETR4 liderou as transações em junho, superando Vale, Itaú e Banco do Brasil.
Pressão do governo e geração de caixa favorecem pagamentos
Fontes do setor indicam que o governo federal, como controlador da estatal, já negocia um aumento do payout para reforçar o caixa público. A estatal apresenta um dos menores custos de produção do setor — cerca de US$ 5 por barril —, garantindo margens robustas mesmo com o petróleo Brent em queda.
Com a combinação de geração de caixa forte e a demanda do governo, analistas de casas como Genial Investimentos e Ágora Investimentos projetam dividend yield regular entre 10% e 14%, podendo chegar a 18% com os extraordinários.
Histórico e fundamentos sustentam otimismo
Desde 2021, a Petrobras se destaca como boa pagadora de dividendos, com média de 25,7% de dividend yield nos últimos cinco anos. A última distribuição alcançou R$ 11,7 bilhões, equivalentes a R$ 0,91 por ação. A companhia também reduziu seu capex no primeiro trimestre, acalmando investidores preocupados com gastos excessivos.
Atualmente, a PETR4 é negociada com P/L de 8,57 e um potencial de valorização superior a 50%, segundo a fórmula de Benjamin Graham. O preço justo estimado para as ações chega a R$ 50,77, frente à cotação atual em torno de R$ 32.
Cenários para dividendos e preço teto
Projeções baseadas no fluxo de caixa livre estimam que o preço teto da ação varia conforme o retorno desejado pelo investidor. Veja a tabela abaixo:
Dividend Yield Esperado | Preço Teto Estimado |
---|---|
4% | R$ 105,22 |
6% | R$ 70,14 |
8% | R$ 52,61 |
10% | R$ 42,90 |
O mercado aguarda a divulgação dos resultados trimestrais da Petrobras em agosto, quando é tradicional o anúncio de dividendos. Com o pedido explícito do governo para antecipar pagamentos, há chance de um anúncio extraordinário já nesse evento.
A combinação de fundamentos sólidos, pressões políticas e valuation descontado mantém a Petrobras como uma das ações mais negociadas e monitoradas para 2025.
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