A possibilidade de a Petrobras anunciar dividendos extraordinários no final de 2025 voltou ao radar dos investidores. Projeções apontam que a estatal poderá distribuir até R$ 2,7 bilhões aos acionistas, equivalente a cerca de R$ 1,60 por ação, considerando um câmbio médio de R$ 5,50 por dólar e 12,8 bilhões de papéis em circulação.
Segundo análise de mercado, o governo federal e o conselho de administração manifestaram intenção de manter a política de remuneração generosa. A própria CEO reforçou que a companhia pretende anunciar dividendos extraordinários ainda este ano.
Cotação atrativa e indicadores financeiros
Atualmente, a ação PETR4 é negociada próxima de R$ 31, com uma queda de cerca de 4% recente. O múltiplo P/L (preço/lucro) está em torno de 8, e o P/VP (preço/valor patrimonial) se mantém por volta de 1, abaixo do pico histórico. O dividend yield dos últimos 12 meses foi de aproximadamente 17%, podendo chegar a 20% caso os dividendos extraordinários se concretizem.
Tabela com principais indicadores atuais da Petrobras:
Indicador | Valor estimado |
---|---|
Cotação PETR4 | R$ 31 |
P/L | 8 |
P/VP | 1 |
Dividend Yield (12 meses) | 17% |
Dividendos extraordinários (projeção) | R$ 1,60 por ação |
A dívida líquida em relação ao EBITDA aumentou de 0,95x para 1,4x nos últimos 12 meses, reflexo das captações para financiar investimentos em óleo e gás. Apesar da alta, os níveis são considerados sob controle. O aumento das emissões de debêntures e investimentos impacta a alavancagem, mas não inviabiliza os dividendos extraordinários.
Petróleo e fluxo de caixa são decisivos
O preço do barril de petróleo Brent, atualmente na faixa de US$ 68–70, sustenta um fluxo de caixa operacional sólido. Se a commodity se mantiver nesse patamar e a companhia melhorar o desempenho operacional, há margem para aumentar a distribuição aos acionistas.
O relatório financeiro da Petrobras estima US$ 2,5 bilhões (aproximadamente R$ 13,7 bilhões) em dividendos extraordinários possíveis no 4º trimestre de 2025, além de US$ 1,7 bilhão já previstos como dividendos ordinários.
A decisão final dependerá do desempenho do fluxo de caixa livre, dos investimentos planejados e do preço do petróleo. Com os investimentos atuais sob controle e a produção alinhada, a Petrobras sinaliza condições para remunerar acionistas com um dividendo adicional expressivo no final do ano.
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