O fundo imobiliário GARE11 tem ganhado destaque entre investidores iniciantes por combinar baixo preço por cota com bom rendimento. Mas além do pagamento mensal de dividendos, uma estratégia prática chamada cotas infinitas vem mostrando como é possível multiplicar o patrimônio gradativamente apenas reinvestindo os proventos recebidos.
Reinvestimento de dividendos: o segredo do crescimento
A maioria dos investidores busca FIIs para gerar uma renda passiva mensal. No entanto, muitos acabam desmotivados ao perceberem que o patrimônio parece estagnado, já que a cotação do fundo geralmente oscila pouco e lentamente.
Mas a valorização real dos fundos imobiliários está nos dividendos. Quando reinvestidos no próprio ativo, esses dividendos compram novas cotas que, por sua vez, aumentam os próximos rendimentos — formando um ciclo virtuoso de juros compostos.
Na prática, isso significa que mesmo com um aporte inicial modesto, o investidor já pode observar evolução patrimonial ao longo do tempo.
Experiência prática com o GARE11
Um exemplo real demonstra essa dinâmica. Um investidor aplicou R$ 1.000 no GARE11, a um preço médio de R$ 8,87 por cota, adquirindo 113 cotas. Nos dois primeiros meses, o fundo pagou R$ 18,74 em dividendos, que foram totalmente reinvestidos, possibilitando a compra de mais duas cotas.
O resultado parcial mostra o patrimônio passando de R$ 1.000 para R$ 1.026 em apenas dois meses, somando valorização da cota e reinvestimento dos proventos.
O número mágico para cotas infinitas
O conceito de “cotas infinitas” consiste em acumular um número de cotas suficiente para que os dividendos pagos mensalmente já sejam capazes de comprar ao menos uma nova cota do fundo, sem necessidade de aportes adicionais.
No caso do GARE11, com cada cota custando em torno de R$ 8,93 e pagando R$ 0,08 por mês, o investidor precisa deter cerca de 108 cotas, o que equivale a um investimento inicial aproximado de R$ 965,52.
Para fundos mais caros, como o HGLG11, cujo preço é cerca de R$ 155 por cota e paga dividendos em torno de R$ 1,10 por mês, o número mágico sobe para mais de R$ 22 mil investidos.
Por que essa estratégia funciona?
Essa metodologia é eficaz porque capitaliza duas forças principais:
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Juros compostos: cada novo dividendo reinvestido gera ainda mais dividendos no mês seguinte.
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Disciplina: o reinvestimento automático impede que os dividendos sejam gastos em consumo imediato, mantendo-os dentro do patrimônio.
No longo prazo, mesmo sem valorização expressiva do preço da cota, o patrimônio cresce constantemente por conta do aumento do número de cotas e dos dividendos gerados.
Variação da cota versus rendimento
Outro ponto importante é não se prender às oscilações da cotação do fundo no curto prazo. Em um fundo de tijolo como o GARE11, que possui imóveis físicos, a cotação pode flutuar pouco, mas o pagamento dos dividendos tende a ser estável e a valorização patrimonial virá naturalmente com o tempo.
Tabela: comparação entre GARE11 e HGLG11 para alcançar cotas infinitas
Fundo | Preço médio por cota (R$) | Dividendo por cota (R$/mês) | Investimento mínimo para cotas infinitas (R$) |
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GARE11 | 8,93 | 0,08 | 965,52 |
HGLG11 | 155,17 | 1,10 | 22.000 |
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