O transporte rodoviário é parte essencial da economia e da identidade do Brasil. Mas você sabia que alguns modelos de caminhões marcaram história de forma única? Neste conteúdo, reunimos 9 curiosidades fascinantes que ajudam a contar essa trajetória — dos gigantes rodotrens às raras edições comemorativas. Confira!
1. Rodotrens de 9 eixos já ultrapassaram os 30 metros
Hoje, o limite para composições de 9 eixos no Brasil é de 30 metros. Mas, em 1984, rodotrens circulavam com até 32 metros de comprimento — 2 metros a mais do que o permitido atualmente. Curiosamente, mesmo maiores, pesavam uma tonelada a menos que os atuais, com 73 toneladas de peso bruto total combinado.
2. GMC 15-190: um caminhão global
Mesmo sendo o último modelo nacionalizado da GMC no Brasil, o 15-190 era um verdadeiro “Frankenstein global”:
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Cabine japonesa
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Motor Caterpillar dos EUA
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Chassi importado dos EUA
Um exemplo claro de como a indústria brasileira também dependeu de componentes internacionais.
3. Mercedes-Benz L-1113: o caminhão mais vendido do Brasil
Lançado em 1970, o modelo L-1113 da Mercedes-Benz teve mais de 207 mil unidades vendidas até 1987. Mesmo décadas após o fim da produção, ainda é possível vê-lo rodando por todas as regiões do país, da zona rural aos grandes centros urbanos.
4. LS 1634: a exceção com motor de 6 cilindros
O cavalo mecânico LS 1634 rompeu o padrão da linha 16 da Mercedes-Benz ao receber um motor de 6 cilindros em linha, diferente dos demais modelos da época que usavam motores de 5 cilindros. Foi um modelo à frente de seu tempo.
5. Internacional 4700: um V8 nas estradas brasileiras
Nos anos 90, a Internacional lançou no Brasil o caminhão 4700 com motor V8. O propulsor T444E era importado dos Estados Unidos, com 197 cv e 72 kgfm de torque. Uma raridade no segmento de médios e semipesados no país.
6. Iveco Eurotech 370: retorno com motor clássico
Após anos longe do mercado brasileiro, a Iveco voltou com o Eurotech 370, que trazia o tradicional motor Fiat Iveco 8210. O propulsor de 13,7 litros, 370 cv e 175 kgfm de torque foi modernizado para atender às novas exigências ambientais da época.
7. Iveco e Volkswagen: poucas séries especiais
Ao contrário de Scania e Volvo, que investiram em mais de 15 edições comemorativas, Iveco e Volkswagen lançaram apenas quatro séries especiais de caminhões no Brasil. Um contraste que mostra diferentes estratégias de marketing.
8. Scania 112 a álcool: raridade dos anos 80
Durante o Programa Proálcool, a Scania produziu cinco unidades do modelo 112 movidas a álcool hidratado aditivado. Entregues à Usina São José (SP) em 1983, os veículos foram adaptados para operar com combustível alternativo e testados ao lado de outros modelos.
Essas curiosidades mostram como o transporte rodoviário brasileiro evoluiu ao longo das décadas, revelando inovações, adaptações e até experimentações que moldaram a indústria. Se você curte esse tipo de conteúdo, acompanhe as próximas matérias e siga explorando a história por trás dos nossos gigantes das estradas.
9. Scania 112 a álcool: os raros caminhões movidos pelo Proálcool
Durante o auge do Programa Proálcool, a Scania fabricou apenas cinco unidades do modelo T112E movidas a álcool, entregues em 1983 para a Usina São José, no interior de São Paulo. Os caminhões tinham chassi rígido 6×4 e foram testados em operação com álcool hidratado aditivado, adaptando o tradicional motor diesel da Scania.
Comparados com o E-21 (também a álcool), os caminhões da Scania apresentaram menor custo operacional nos testes. Hoje, essas unidades são consideradas raridades históricas — e não se sabe se ainda existem ou estão apenas nos registros técnicos da época.
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