Entenda como a CIA pode estar por trás de ações dos EUA contra o Brasil

Agentes da Agência Brasileira de Investigação (Abin) alimentam fortes suspeitas de que as ações recentes dos Estados Unidos contra o Brasil não é somente resultado de pressão orgânica de movimentos bolsonaristas e sim de uma ação meticulosamente articulada pela Casa Branca junto com a CIA. Nas últimas semanas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma carta aberta ao presidente Lula informando a taxação de 50% das exportações brasileiros e criticando o que chama de ‘abuso judicial’ contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, alvo de inquérito por tentativa de Golpe de Estado.Além da taxação de 50%, os Estados Unidos também fizeram ataques a setores da economia brasileira, em especial ao Pix. Além disso, revogou os vistos de 8 dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).As suspeitas da Abin acontecem em meio a postura dura de Donald Trump em relação a política interna do Brasil e a falta de medo do deputado Eduardo Bolsonaro, que está vivendo nos EUA e realizando ataques constantes a membro do judiciário brasileiro. As informações são do colunista Jamil Chade.

Leia Também:

Lula provoca e diz que Trump não quer conversar sobre tarifaço

Boulos revela planos obscuros de Trump com anúncio de tarifaço

Bolsonaro recua e diz não ter culpa por tarifaço de Trump

De acordo com um agente da Abin no exterior, esse comportamento é característico de uma estratégia elaborada pela CIA, alimentando atores políticos no Brasil para justificar interesses estratégicos dos Estados Unidos.“Trata-se de um típico roteiro elaborado pela CIA, alimentando atores nacionais para justificar um interesse estratégico estrangeiro”, disse um agente da Abin, no exterior.A avaliação é de que o cenário lembra o momento de 2022, quando o então chefe da CIA, sob a administração de Joe Biden, enviou um recado claro aos militares brasileiros: qualquer tentativa de golpe contra a democracia brasileira não teria apoio dos EUA.

Comportamento é característico de uma estratégia elaborada pela CIA

As fontes indicam que a retórica do governo Trump, justificando sua ações como uma defesa da “liberdade no Brasil”, gira em torno de um suposto regime autoritário liderado por Lula e Alexandre de Moraes, e um ex-presidente “injustiçado” que ainda conta com o apoio popular — Jair Bolsonaro.O objetivo seria, através dessa estratégia externa, desestabilizar o governo brasileiro, para em 2026 os Estados Unidos terem um aliado significativo no cenário político global.

A palavra-chave é desestabilização

– experiente agente do serviço de inteligência nacional.

Alertas sobre o risco de instabilidade política já vinham sendo feitos desde 2024, quando o Itamaraty enviou uma delegação para mapear os influentes no futuro governo Trump e sugerir canais de diálogo para evitar uma crise.O governo Lula se preocupa que os recentes ataques e medidas adotadas sejam apenas o começo de um período prolongado de instabilidade política. Os principais alertas envolvem a possibilidade de desinformação e a manipulação através das redes sociais.

Trump e Bolsonaro durante encontrov

|  Foto: © Alan Santos | PR

A preocupação é que um golpe ao governo eleito seja consolidado com apoio externo.“Falta apenas um Juan Guaidó brasileiro para se consolidar a existência de uma tentativa de golpe”, disse um experiente diplomata, numa referência ao opositor venezuelano.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.