
Feirão de empregos busca ajudar demitidos de usina em Sertãozinho
Um mutirão de empregos que começou na quinta-feira (24) e continua nesta sexta-feira (25) e nos dias 31 de julho e 1º de agosto, em Sertãozinho (SP), busca recolocar mais de 1,2 mil ex-funcionários da Usina Santa Elisa no mercado de trabalho. Eles tiveram os contratos rescindidos após a suspensão das atividades da unidade.
O evento é promovido pela Raízen em parceria com os sindicatos e a prefeitura. Os atendimentos são feitos na própria usina, das 8h às 16h.
Além de oferecer vagas em diversas empresas da região, o feirão disponibiliza serviços de apoio como emissão de documentos, orientação profissional e informações sobre cursos de qualificação gratuitos.
A iniciativa visa conectar a mão de obra qualificada da usina a novas oportunidades, minimizando o impacto do fechamento da unidade na região.
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Clodoaldo Lúcio, que trabalhou por 17 anos na Usina Santa Elisa, é um dos muitos que compareceram ao feirão em busca de uma nova oportunidade. Com um currículo diversificado, ele não se limita a uma única área. Ele analisa todos os aspectos da vaga, como salário, condições de trabalho, equipamentos de segurança e benefícios.
“Trabalhei 17 anos nessa empresa, então aprendi a trabalhar com trator, retroescavadeira, com transbordo, colhedora e mecânica, então tenho esse trajeto de experiência, um pouquinho com cada coisa, sei de tudo um pouco. Costumo falar que aprendizado nunca é muito, quanto mais você aprende, mais oportunidade você tem. E se não aparecer mecânica, mas aparecer outra área é a que eu vou abraçar”, afirma.
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Mão de obra qualificada e diversidade de setores
Ao todo, 11 diferentes empresas participam desse feirão de empregos com vagas voltadas ao agro.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Sertãozinho, Paulo Roberto Gallo, ressaltou a importância da centralização das entrevistas na própria usina para facilitar o contato direto entre as empresas e os trabalhadores.
“Todos esses funcionários que tiveram seus contratos de trabalho rescindidos podem passar aqui nesses próximos dias. Então acaba tendo essa facilidade de concentração de pessoas aqui, o que facilita o contato direto dessas 11 empresas com essa massa de trabalhadores que está procurando, evidentemente, uma recolocação”, explicou.
Gallo enfatizou a alta qualificação dos profissionais egressos da Usina Santa Elisa. “Essa mão de obra egressa da Santa Elisa é muito bem preparada, não só do ponto de vista técnico, mas é uma empresa que sempre prezou por boas práticas. Então são pessoas capacitadas, qualificadas e acaba ficando bom para os dois lados”, pontuou.
Além do setor sucroenergético, empresas de papel e celulose e frigoríficos também estão presentes no feirão, ampliando o leque de oportunidades para os trabalhadores.
A coordenadora de Gestão de Pessoas da Companhia Mineira de Açúcar (CMA), Daniela Maria Rodrigues, que possui três unidades em Minas Gerais, e uma das empresas presentes no feirão, destacou a dificuldade em encontrar mão de obra específica para o setor.
“Temos dificuldade [em encontrar mão de obra] porque algumas vagas são muito específicas de usina. Então acabamos tendo uma dificuldade. E acabamos buscando esses profissionais fora, mas claro, pensando em como levar esse trabalhador para outras localidades, inclusive oferecendo auxílio-mudança ou um mês de hotel para aqueles que se interessarem por vagas em suas unidades mais distantes”, conclui.
Usina Santa Elisa, da Raízen, em Sertãozinho (SP)
Aurélio Sal/EPTV
Em nota, a Raízen afirmou estar comprometida em apoiar os colaboradores impactados pela descontinuidade das atividades na Unidade Santa Elisa.
Além do feirão, que oferece serviços de apoio e orientação profissional, a companhia disse que promove cursos de formação profissional para as comunidades de Sertãozinho, Pitangueiras (SP) e Barrinha (SP), reforçando o compromisso com a geração de oportunidades e o desenvolvimento local.
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