O metrô de São Paulo poderá contar com mais de 30 linhas operacionais até 2054, incluindo novas conexões com cidades da Grande São Paulo, hubs intermodais inéditos e a consolidação de projetos há décadas prometidos. Com base em estudos recentes do BNDES e em projetos já em construção ou fase de planejamento, é possível esboçar como será a futura rede metroferroviária da Região Metropolitana.
Linha 1–Azul: estrutura consolidada, com melhorias tecnológicas
A primeira linha do sistema continuará ligando Jabaquara ao Tucuruvi, mas todas as estações deverão estar equipadas com portas de plataforma. A linha manterá seu trajeto original, mas com avanços na operação e conforto.
Linha 2–Verde: a mais cheia e uma das mais longas
Atualmente em expansão, a linha 2 deve ir de Serro Corá (Zona Oeste) até a Rodovia Dutra (Guarulhos). Com isso, ela se tornará a mais carregada do sistema, podendo transportar até 1,3 milhão de passageiros por dia. A conexão com Guarulhos marca o início da expansão metropolitana do metrô paulistano.
Linha 3–Vermelha: chegada ao hub de Água Branca
Hoje conectando Itaquera à Barra Funda, a linha 3 será estendida até Água Branca, ponto que se tornará um dos principais hubs intermodais do país, com previsão de integrar até sete linhas (metrô e trens metropolitanos).
Linhas previstas no hub Água Branca:
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Linha 3–Vermelha
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Linha 6–Laranja
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Linhas 7–Rubi, 8–Diamante e 9–Esmeralda (CPTM)
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Trem intercidades para Campinas
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Trem intercidades para Sorocaba
Linha 4–Amarela: chegada a Taboão da Serra
A extensão da linha até Taboão da Serra, passando pela estação Chácara do Jockey, deve ser concluída. Apesar de haver planos de estendê-la além de Taboão, ainda não há consenso ou previsão realista para isso.
Linha 5–Lilás: novo eixo até o Parque da Mooca
De um lado, a linha 5 deve seguir além do Capão Redondo até o Jardim Ângela. Do outro, será estendida de Chácara Klabin até o Parque da Mooca, onde será implantado um novo hub com integração com as linhas 6–Laranja, 10–Turquesa e 16–Violeta.
Novas linhas até 2054: destaque para o “arco ferroviário”
De acordo com o estudo do BNDES, o chamado arco metroferroviário da Grande São Paulo deverá ser composto pelas linhas 14, 24 e 25 da CPTM, interligando regiões como Guarulhos, Santo André, Campo Limpo, Embu, Osasco e Butantã.
Tabela – Linhas previstas no arco ferroviário:
Linha | Trajeto Previsto | Situação Atual |
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14 | Bom Sucesso (Guarulhos) – Santo André | Previsão de concessão com a Linha 10 |
24 | Alphaville – Campo Limpo | Projeto em fase de estudo |
25 | Embu – Santo André via Osasco | Projeto em fase de estudo |
Esse arco permitirá trajetos alternativos ao centro da capital, aliviando a sobrecarga da malha atual.
Linha 13–Jade e Linha 15–Prata
A linha 13, que atualmente liga o Aeroporto de Guarulhos à Eng. Goulart, será estendida até Bom Sucesso e também até o Parque da Mooca. Já a linha 15–Prata (monotrilho) terá trajeto contínuo entre Ipiranga e Cidade Tiradentes, com previsão de conclusão da expansão ainda nesta década.
Linha 16–Violeta: nova ligação leste-oeste
Ligará a região de Teodoro Sampaio à Cidade Tiradentes, passando pelo Parque da Mooca. Substitui antigas promessas de outras linhas e é uma das grandes apostas para desafogar a Zona Leste.
Um futuro que já foi prometido antes
Apesar da visão ambiciosa para 2054, parte desses projetos já estavam em planos da década de 1960, como a chegada do metrô à Mooca, hoje prevista para a linha 16. Há, portanto, uma necessidade constante de fiscalização, planejamento e investimento contínuo para que os prazos se cumpram.
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