Projeto do Amapá estuda espécie de baleia de 14 metros encalhada morta em ilha do PA 


Projeto PCCM é realizado por pesquisadores do Iepa
José Eduardo Lima/ PCMC-AP
Pesquisadores do Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos (PCMC) estão avaliando qual a espécie da baleia de 14 metros encontrada encalhada morta na Ilha da Viçosa, no arquipélago do Marajó, distante 4 horas de barco de Macapá. 
O animal foi encontrado por fazendeiros na quarta-feira (30) e a suspeita é que seja uma baleia-de-bryde (Balaenoptera brydei). 
Nos próximos dias, os profissionais vão analisar no laboratório do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) a dorsal do animal para comprovar a espécie. Foram coletadas partes como capa de gordura, músculos e amostra de sangue. 
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A coordenadora do PCMC no Amapá, Claudia Funi, explica que se trata de um animal macho e adulto.
“É um indivíduo macho e adulto. Então, é um adulto grande, a espécie chega até uns 15 e meio, sendo que as fêmeas são maiores, então um macho é um tamanho bem considerado. Mas a gente precisa virar o animal para ter certeza de que é uma baleia-de-bryde, porque ela tem uma nadadeira dorsal bem específica. Ele está de costas, e como ele é muito pesado, ainda não conseguimos virar para saber”, explicou Claudia.
Nos próximos dias, outra equipe irá até o local do encalhe para desossar o animal e trazer o esqueleto a Macapá.
Baleia de 14 metros é encontrada encalhada em Ilha do PA
José Eduardo Lima/ PCMC-AP
Sobre a Baleia-de-bryde: medindo cerca de 15 metros e pesando até 40 toneladas, a baleia-de-Bryde (Balaenoptera edeni) é a única espécie de baleia que vive exclusivamente em regiões temperadas e tropicais do planeta e, diferentemente das outras, não realiza migrações para regiões polares.
Geralmente, são vistas sozinhas ou em pares, mas se agregam em grupos de até 20 animais, nas regiões onde se alimentam. São capazes de nadar a velocidades de até 25 km/h, e podem mergulhar a cerca de 300 metros de profundidade.
Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos
Projeto é uma parceria entre o Ifap e o Iepa
PCMC/Divulgação
O PCCM é realizado pelo Instituto Federal do Amapá (Ifap) em parceria com o Iepa. O projeto é parte da exigência estabelecida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no processo de licenciamento ambiental para uma pesquisa que levanta os dados geológicos das bacias do Pará-Maranhão e Foz do Amazonas.
O projeto ocorre em três etapas. Na primeira fase, os pesquisadores trabalham percorrendo as comunidades para conscientizar pescadores e moradores da área costeira do Amapá e das ilhas do Pará sobre a importância de acionar os órgãos competentes caso localizem esses animais.
Além disso, os pesquisadores repassam para a população noções básicas de primeiros socorros desses animais, caso eles estejam vivos, até a chegada das equipes.
A segunda etapa envolve o monitoramento do período dos encalhes na praia do Goiabal, em Calçoene.
Na terceira fase, os trabalhos consistem no atendimento por meio do “Disque Encalhe”, a partir do chamado, uma equipe se desloca para o local e realiza o resgate. Dos oito resgates, quatro foram feitos por meio do acionamento.
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