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O público pode esperar as peças Tango Batuque, de Luciano Gallet, O Boi no Telhado, de Darius Milhaud, Danzón nº 8, de Arturo Marquez, Dança Fantástica, de Enrique Soro e Abertura Cubana, de George Gershwin.Nestes mesmos dias, o Coro Juvenil, liderado pela maestrina Lucie Barluet, também se apresenta junto a quatro cantores intercambistas. Dorival Caymmi, Osvaldo Lacerda, Christopher Tin, Ndikhokhele Bawo, são alguns dos nomes que compõem as obras a serem tocadas.
Projeto de intercâmbio é uma iniciativa que objetiva fortalecer laços culturais
| Foto: Divulgação | Isabel Ramos
No dia 3, a orquestra acompanhará a cantora brasileira de ópera Josy Santos, em um espetáculo marcado para às 11h, realizado pelo Programa Todo Domingo no Parque, evento musical que acontece sempre aos domingos no Parque do Queimado, na Liberdade.Troca de experiênciasPara o chileno Lucas Tapia, o maior aprendizado tem sido a troca de experiência com os colegas. Estudante de Interpretação Musical em Percussão na Universidade do Chile, ele conta que conheceu o programa de intercâmbio através de amigos que participaram da última edição. A sua vinda a Salvador, segundo ele, é motivada pela admiração que tem pela cultura brasileira.“Fiz minha primeira visita a um núcleo do NEOJIBA, no bairro da Paz, e fiquei encantado com a energia e o compromisso do NEOJIBA com a comunidade. Acredito que é fundamental que as pessoas coloquem sua energia para que as coisas aconteçam, e neste caso foi maravilhoso. Levo comigo uma linda lembrança do bairro da Paz, em Salvador da Bahia”, declara o chileno.Para a flautista angolana Vérsia Carneiro, que retorna nesta segunda edição, o impacto vai muito além das notas. “Depois do Conecta 2024, desenvolvi habilidades no meu instrumento que nem eu mesma sabia que tinha. Volto este ano para aprender ainda mais e levar esses conhecimentos de volta para meus colegas em Angola”, afirma. Linguagem universalO projeto não impacta somente os estudantes de outros países. Yuri Azevedo, maestro e integrante do primeira turma do NEOJIBA, em 2007, diz que a troca de vivências tem sido valiosa. Segundo ele, os diferentes idiomas não têm sido um problema.
Orquestra acompanhará a cantora brasileira de ópera Josy Santos
| Foto: Divulgação | Matheus dos Anjos
Ele afirma: “A música é a língua franca da humanidade. O fato de termos conosco jovens músicos vindos de diversas partes só reforça que a música, talvez mais do que qualquer outra expressão artística, une as pessoas de uma maneira mais clara e natural”. O maestro assistente, Vinicius Jaloto, compartilha do mesmo pensamento. “É muito belo constatar que a música é uma linguagem verdadeiramente universal, pois, independente da origem e língua dos participantes, não tivemos dificuldade de comunicação”, ele declara.Embora seja preciso um esforço para lidar com diferentes níveis de formação técnica e experiência cultural, Ricardo Castro acredita que a escuta, sensibilidade e uma metodologia bem estruturada são capazes de driblar as dificuldades. “Os desafios são superados rapidamente quando se trabalha com uma base sólida de acolhimento, disciplina e espírito colaborativo. A música funciona como elo universal e catalisador do entendimento mútuo”, ele conclui.
Serviço
Concertos de encerramento do NEOJIBA Conecta / Data: 2 e 3 de agosto (sábado e domingo)Local e horário: Teatro Salesiano (19h – sábado e domingo) e Parque do Queimado (11h – apenas domingo)Entrada gratuita
*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.