Com a taxa Selic em 14,25% ao ano em 2025 e uma crise fiscal no horizonte, os títulos do Tesouro Direto estão entre as aplicações mais rentáveis da renda fixa. Mas será que eles continuam sendo uma boa escolha para o investidor? A resposta é sim — desde que você entenda os riscos, principalmente o da marcação a mercado, e escolha os títulos certos para cada objetivo.
Selic alta em meio a incertezas fiscais
A atual taxa básica de juros (Selic), acima dos 14% ao ano, é uma resposta do Banco Central para controlar a inflação e o descontrole fiscal. Com isso, os títulos públicos precisaram aumentar suas taxas para atrair investidores, criando uma janela de oportunidade.
Esse cenário eleva a rentabilidade dos papéis como o Tesouro Selic, Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado, mas também aumenta a volatilidade e os riscos de perdas temporárias para quem decide sair antes do vencimento.
Comparativo: quanto rendem os títulos do Tesouro em 2025?
A seguir, veja simulações baseadas nas taxas de julho de 2025, para aportes mensais de R$ 500:
Título | Rentabilidade Anual Estimada | Prazo (anos) | Valor Final Estimado | Valor Investido | Lucro Líquido |
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Tesouro Selic | 14,65% | 3 | R$ 21.902 | R$ 18.000 | R$ 3.902 |
Tesouro Prefixado | 13,80% | 7 | R$ 55.554 | R$ 37.800 | R$ 17.754 |
Tesouro IPCA+ | IPCA + 6,89% (~11% real) | 25 | R$ 678.000 | R$ 151.500 | R$ 526.500 |
Entendendo os tipos de títulos
Tesouro Selic: segurança com liquidez
Ideal para a reserva de emergência, tem liquidez diária e quase não sofre com marcação a mercado. Com a Selic alta, oferece retorno competitivo e previsível.
Tesouro Prefixado: rentabilidade definida, mas volátil
Atrai quem busca saber quanto irá receber. No entanto, se os juros subirem, o valor de mercado do título cai. Só é vantajoso se mantido até o vencimento ou em operações de marcação a mercado feitas com estratégia.
Tesouro IPCA+: proteção contra a inflação
Garante juro real acima da inflação, sendo ideal para aposentadoria e objetivos de longo prazo. Oscila muito no curto prazo, portanto, exige paciência e visão de longo prazo.
O risco invisível: marcação a mercado
A marcação a mercado faz com que o valor dos títulos oscile no curto prazo. Se a taxa de juros subir após sua compra, o preço do seu título cai. Isso não afeta quem leva até o vencimento, mas pode assustar investidores iniciantes.
Exemplo prático:
Se você comprou um título prefixado pagando 14% e depois a taxa sobe para 15%, seu título perde valor de revenda. Mas se segurar até o vencimento, receberá os 14% contratados, sem prejuízo real.
Tesouro Direto ou CDB?
Os CDBs de bancos médios estão oferecendo 110% do CDI, o que pode render mais do que o Tesouro Selic. Além disso, contam com a proteção do FGC. Contudo, muitos CDBs têm baixa liquidez, enquanto o Tesouro Selic permite resgates diários.
Produto | Rentabilidade Estimada | IR? | Liquidez | Garantia |
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Tesouro Selic | 14,65% a.a. | Sim | Diária | Governo |
CDB 110% CDI | ~16% a.a. | Sim | Pode ser restrita | FGC |
LCI/LCA | ~14,5% a.a. | Não | Mín. 9 meses | FGC |
Poupança | ~6,17% a.a. | Não | Diária | Governo |
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Tesouro Selic: reserva de emergência e curto prazo.
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Tesouro Prefixado: metas de médio prazo (3 a 5 anos).
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Tesouro IPCA+: aposentadoria e liberdade financeira.
Montar uma carteira diversificada com diferentes vencimentos e objetivos é a chave para aproveitar ao máximo o Tesouro Direto em 2025.
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