A economia brasileira segue em trajetória de estabilidade no segundo semestre de 2025. De acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (4), a inflação projetada para o ano voltou a cair pela décima semana consecutiva. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,09% para 4,00%.
O Produto Interno Bruto (PIB) permanece estável, com projeção de crescimento de 2,23% neste ano — mantendo o mesmo nível das últimas quatro semanas. O dólar segue cotado a R$ 5,60 e a taxa básica de juros, a Selic, continua em 15% ao ano, refletindo o cenário de cautela da política monetária diante de pressões externas, como as tarifas norte-americanas.
Indicadores econômicos semanais
Indicador | Semana anterior | Atual | Variação |
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IPCA (2025) | 4,09% | 4,00% | -0,09 p.p. |
PIB (2025) | 2,23% | 2,23% | Estável |
Câmbio (US$/R$) | R$ 5,60 | R$ 5,60 | Estável |
Selic (2025) | 15,00% | 15,00% | Estável |
Enquanto os dados econômicos apontam para estabilidade, a indústria paulista vive um momento decisivo com a eleição da nova diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A votação ocorre nesta segunda-feira, e o nome mais cotado para assumir a presidência é Paulo Skaf.
Skaf presidiu a Fiesp por quatro mandatos consecutivos entre 2004 e 2021 e, agora, concorre em chapa única com apoio de sindicatos industriais relevantes. Caso seja confirmado, será seu quinto mandato à frente da entidade.
O atual presidente, Josué Gomes da Silva, permanece no cargo até o final de 2025. A expectativa é que o resultado oficial seja divulgado ainda nesta tarde.
Inteligência artificial, tarifaço dos EUA e os desafios da indústria
A possível volta de Skaf ocorre em meio a uma série de desafios para o setor industrial paulista. A Fiesp tem discutido internamente temas como a adoção da inteligência artificial em setores tradicionais da indústria de transformação e os impactos das novas tarifas de importação anunciadas por Donald Trump.
Esses fatores têm provocado incertezas quanto à competitividade das exportações brasileiras, especialmente no setor manufatureiro, e geram pressão para que a nova gestão da Fiesp atue de forma mais ativa no debate econômico e político.
Com a inflação em queda e o PIB estável, o Brasil mostra sinais de equilíbrio em 2025. No entanto, a indústria paulista enfrenta um cenário de tensão e transformação. A liderança de Paulo Skaf na Fiesp poderá representar continuidade de políticas anteriores ou uma readequação às novas exigências do setor produtivo, que hoje busca inovação e adaptação a um ambiente geoeconômico mais complexo.
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