Petrobras pode pagar até 15% em dividendos com potencial de alta após nova exploração

Às vésperas da divulgação dos resultados trimestrais da Petrobras, marcada para o dia 7 de agosto de 2025, investidores se voltam para dois fatores cruciais: o anúncio dos dividendos e os desdobramentos sobre a possível exploração da chamada margem equatorial. Ambos os pontos podem ter impacto direto sobre o valor das ações e o retorno total dos acionistas.

Dividendos podem superar os 15% em 2025

De acordo com estimativas de casas como Levante Investimentos, BTG e XP, os dividendos da Petrobras devem girar entre 2,6% e 3,1% no curto prazo. Projetando os pagamentos ordinários com base na política de distribuição (45% do fluxo de caixa livre), o dividend yield da estatal pode alcançar entre 12,5% e 13% ao ano.

Contudo, analistas apontam a possibilidade de dividendos extraordinários, que não estão precificados nas projeções atuais. Esses pagamentos adicionais, oriundos de excedentes de caixa não obrigatórios pela política oficial, podem elevar o dividend yield da companhia para até 15% em 2025.

Estimativa de Dividendos Petrobras (2025) Valor aproximado
Yield ordinário 12,5% – 13%
Yield com extraordinário até 15%
Preço atual das ações (PETR4) R$ 32,04

Com as ações PETR4 sendo negociadas a cerca de R$ 32, analistas consideram o papel descontado frente ao seu potencial de geração de caixa. Apesar do momento de cautela nos mercados, o preço atual pode representar uma janela de oportunidade para investidores focados em dividendos e fundamentos sólidos.

A fala recente da CEO da Petrobras, Magda Chambriard, reforça esse viés. Segundo ela, o foco da empresa continua sendo o aumento da produção para atender a demanda energética crescente até 2050. “Não está na hora de substituir nada. Está na hora de produzir mais”, afirmou.

Margem equatorial pode destravar valor oculto

Outro ponto que pode impulsionar as ações da estatal está na possível liberação ambiental para a exploração da margem equatorial, uma nova fronteira de petróleo no litoral norte do país. A expectativa é de que a reunião com o Ibama no dia 12 de agosto avance nas discussões sobre o licenciamento.

A liberação desse projeto abriria espaço para um expressivo aumento de produção no médio e longo prazo. Embora os resultados práticos levem anos para se concretizarem, o mercado ainda não precificou esse potencial de crescimento, o que pode representar uma assimetria interessante para investidores.

Segundo analistas, se a exploração for aprovada e bem-sucedida, a companhia poderia ampliar substancialmente sua lucratividade futura, sustentando dividendos elevados por mais tempo e promovendo reavaliação das ações.

Apesar do ruído político e da sensibilidade do mercado em relação a empresas estatais, a Petrobras se destaca por sua capacidade de gerar caixa, seu compromisso com a remuneração dos acionistas e uma visão estratégica voltada para o aumento da produção nos próximos anos.

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