FII CPSH11 entrega alta de vendas e dividendos com P/VP de 0,80

O CPSH11 vem ganhando atenção dos investidores por apresentar um portfólio robusto de shoppings de alto padrão, negociações com desconto sobre o valor patrimonial e rendimentos estáveis. Com cotação atual em torno de R$ 9,38, o fundo está abaixo do seu valor patrimonial por cota (R$ 11,83), operando com P/VP de 0,80.

Além disso, os dividendos pagos nos últimos 12 meses ficaram entre R$ 0,10 e R$ 0,11 por cota, com dividend yield anualizado próximo de 13%, o que o posiciona entre os FIIs mais atrativos da categoria base 10.

Desempenho operacional consistente

Crescimento de vendas e resultado operacional

Segundo o relatório gerencial de junho de 2025, o portfólio do CPSH11 apresentou crescimento expressivo:

  • +8,7% nas vendas por metro quadrado nos últimos 12 meses.

  • +14,3% no resultado operacional por metro quadrado no mesmo período.

Esses dados indicam o fortalecimento dos shoppings presentes na carteira, com aumento do movimento e da receita para lojistas e, consequentemente, para o fundo.

Desempenho por metro quadrado – Jan a Mai (2020 a 2025):

Ano Vendas/m² (média) Resultado operacional/m²
2020 R$ 1.248 R$ 932
2021 R$ 1.351 R$ 1.018
2022 R$ 1.462 R$ 1.121
2023 R$ 1.578 R$ 1.239
2024 R$ 1.643 R$ 1.310
2025 (*) R$ 1.798 R$ 1.462

Portfólio diversificado e de alta qualidade

O CPSH11 possui participação em 11 shoppings, com destaque para o Iguatemi Fortaleza, Shopping Pátio Paulista e Cidade Jardim. A área bruta locável (ABL) total do fundo supera os 36 mil m², sendo aproximadamente 60% localizada no estado de São Paulo.

Taxa de ocupação

A taxa média de ocupação física dos imóveis está em 95%, com apenas dois ativos abaixo de 90%:

  • Shopping Praia de Belas: 88%

  • Shopping no Rio de Janeiro: 71%

Apesar desses pontos fora da média, a vacância é considerada baixa e gerenciável.

Alavancagem sob controle

O fundo possui atualmente R$ 139 milhões em dívidas, sendo:

  • R$ 96 milhões em obrigações por aquisição

  • R$ 43 milhões em outras contas a pagar

O caixa disponível é de R$ 40 milhões, com mais R$ 27 milhões em aplicações financeiras e R$ 236 milhões em cotas de FIIs que podem ser vendidos para gerar liquidez. O principal compromisso é um CRI com carência para amortização até março de 2027, o que alivia a pressão de curto prazo.

Distribuições de rendimentos e resultado acumulado

Em junho de 2025, o fundo gerou R$ 9,1 milhões em resultado líquido, mas distribuiu apenas R$ 7,96 milhões, o que equivale a R$ 0,10 por cota, mantendo R$ 0,01 acumulado.

Nos últimos dois meses, o CPSH11 vem gerando excedente operacional — sinal de melhoria gradual no desempenho e possível base para aumento futuro de dividendos.

Considerações finais: vale a pena investir no CPSH11?

O CPSH11 se mostra uma boa alternativa para quem busca um fundo imobiliário de tijolo com:

  • Portfólio de qualidade e focado em consumidores de alta renda

  • Desconto em relação ao valor patrimonial

  • Rendimentos consistentes e acima da média

  • Vacância baixa e crescimento operacional

O único ponto de atenção fica por conta da gestora Capitânia, que vem sendo criticada por decisões controversas em outros fundos da casa. Ainda assim, o portfólio sólido e os indicadores operacionais sugerem que o fundo tem potencial de valorização e geração de renda.

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