Criptomoedas travadas: mercado lateral aponta para nova queda

O mercado de criptomoedas entrou em um padrão típico de lateralidade, comum antes de movimentos mais agressivos de preço. De acordo com análises técnicas baseadas em ação de preço, Fibonacci e médias móveis, o comportamento atual do Bitcoin e do Ethereum reforça a possibilidade de continuidade da tendência de baixa iniciada em julho.

A expectativa, no entanto, é de que esse movimento mais forte ocorra após o dia 10 de agosto, com outra data crítica sendo o dia 22, conhecida por historicamente marcar reversões ou pontos de pivô de tendência.

Bitcoin preso entre resistências e suportes

Lateralidade como preparação para queda

O Bitcoin (BTC) está oscilando entre as zonas de R$ 112.800 e R$ 115.800, sem força para romper a resistência superior. Essa consolidação, chamada de “água de salsicha” por analistas, é comum em períodos de transição de tendência.

“Antes de grandes movimentos, o mercado passa cerca de 80% do tempo andando de lado. O atual padrão sugere que a próxima etapa pode ser de baixa”, aponta a análise.

O gráfico abaixo mostra a zona de congestão atual:

Faixa de Preço (BTC) Significado
R$ 112.800 – Suporte Reteste pode sinalizar queda
R$ 115.800 – Resistência Rompimento pode frustrar vendedores

Embora o Ethereum (ETH) tenha demonstrado maior força relativa em relação ao Bitcoin, a formação técnica ainda sugere risco de reversão. O ativo está testando regiões entre R$ 3.712 e R$ 4.040, com topos recentes sendo formados sem confirmação de rompimento sustentado.

Caso o ETH ultrapasse os R$ 4.040 e volte rapidamente para baixo dessa faixa, o padrão poderá configurar um bull trap (armadilha para comprados), aumentando a pressão vendedora.

Datas-chave: 10 e 22 de agosto podem definir direção do mercado

Análises anteriores mostram que os dias 10 e 22 de cada mês têm sido recorrentes como pontos de inflexão. No último mês, por exemplo, o mercado inverteu direções nesses exatos dias.

Essa repetição de padrão reforça a atenção às datas como momentos de potencial virada no comportamento de preço, seja para retomada de alta ou acentuação da queda.

Altcoins e Solana seguem padrão de bull trap

Outros criptoativos, como Solana (SOL) e XRP, demonstram sinais clássicos de bull trap — quando o preço rompe resistências para depois despencar, prendendo investidores em falsas expectativas de alta.

“Solana próxima de R$ 200 é zona de risco. O ideal é buscar pontos abaixo de R$ 120 para pensar em compra, evitando topos evidentes”, destaca a análise.

Ouro e dólar também influenciam cenário cripto

Além dos gráficos das criptomoedas, indicadores macroeconômicos como o ouro e o índice do dólar (DXY) são monitorados como termômetros do apetite ao risco.

  • Ouro: lateralizado, mas com viés de alta — pode sinalizar busca por proteção e aversão a risco.

  • DXY (índice do dólar): em queda no curto prazo, mas com espaço para retomada, o que pode pressionar ainda mais os ativos de risco, incluindo as criptos.

A projeção de curto prazo sugere continuidade da realização de lucros, com agosto apresentando quedas graduais. A intensificação da tendência de baixa pode ocorrer em setembro, seguida por possível formação de fundo em outubro, abrindo espaço para retomada em novembro ou dezembro.

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