A brasileira de 40 anos presa em Coimbra, em Portugal, matava os os filhos por asfixia. A informação foi repassada em coletiva de imprensa realizada pela Polícia Civil realizada nesta quinta-feira (7). Gisele Oliveira é alvo de investigação que apura a morte de cinco crianças e duas tentativas de homicídio.
Segundo a polícia, os crimes foram registrados entre 2008 e 2023 em Timóteo, no Vale do Aço, em Minas Gerais. A mulher foi localizada e presa pela Polícia Judiciária portuguesa na última terça-feira (5).
As investigações apontaram que a mulher atuava reduzindo a consciência das crianças, antes de matá-las asfixiadas. “Concluímos no decorrer das investigações, depois de muitas oitivas, dezenas de pessoas ouvidas, muito prontuário analisado, um trabalho de campo realizado pela equipe de forma minuciosa, que a redução de consciência era feita através de sedativos”, disse a delegada Valdimara Teixeira, responsável pela investigação.
Exames comprovaram que pelo menos uma das crianças morreu em decorrência de intoxicação por fenobarbital, um sedativo usado no tratamento de convulsões.
Investigações
Os levantamentos tiveram início em 2023, após a morte da vítima mais recente. Uma das tias teria levado a criança ao hospital e denunciado a conduta da mãe. “Em 2023, a tia chega no hospital e começa a bradar que já era a quinta criança. Isso chama atenção da administração do do hospital, que aciona a polícia”, comenta Teixeira.
A partir daí, as autoridades identificaram que a mulher é responsável por outras quatro mortes: duas ocorridas em 2019, com intervalo de dois meses entre si, e outras duas em 2010, com um mês de diferença entre os óbitos.
A mulher também é investigada por uma tentativa de homicídio contra uma sexta criança, além de tentar matar o próprio marido. O homem teria dado entrada no hospital em 2022 com sintomas semelhantes ao das crianças.
“Temos testemunhas que sustentam que uma das crianças foi encontrada com a fralda inserida na boca, retirada logo antes da chegada da perícia. A última criança, que foi quem foi foi através dela que nós iniciamos essas investigações, foi encontrada com rosto virado para o sofá”, completa.
Prisão em Portugal
A Polícia Civil informou também que, após a abertura do inquérito em 2023, a suspeita fugiu para Portugal, onde permaneceu até ser localizada pelas autoridades. Gisele possuía em seu nome um mandado de captura internacional emitido pela Interpol.
Segundo a imprensa portuguesa, ela resistiu à prisão, mas foi detida por agentes da Unidade de Informação Criminal.
“Agora a prisão dela tramita entre o Poder Judiciário e o Ministério da Justiça. Chegando ao Brasil, ela vai ser intimada para ser ouvida, e nós sabemos a versão dela, e então conseguimos concluir esse inquérito”, finaliza a delegada.
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