O Banco do Brasil divulgará o resultado do segundo trimestre de 2025 no dia 14 de agosto, e o mercado se prepara para números mais fracos. As estimativas de lucro líquido variam entre R$ 2,8 bilhões e R$ 5 bilhões, com parte dos analistas projetando queda acentuada em relação ao mesmo período de 2024.
A expectativa é que, junto ao balanço, seja anunciado o pagamento de novos dividendos, mas em patamar inferior ao registrado nos últimos trimestres.
Revisão nas projeções para 2025
Para o acumulado do ano, as estimativas de lucro do Banco do Brasil foram ajustadas para baixo. Projeções mais otimistas apontam ganhos próximos de R$ 28 bilhões, enquanto cenários mais conservadores trabalham com valores ao redor de R$ 22 bilhões — uma redução relevante frente às metas anteriores, que chegavam a R$ 40 bilhões.
Estimativas de lucro para o 2T25
Cenário | Lucro Líquido Estimado (R$ bi) | Observações |
---|---|---|
Otimista | 5,0 – 5,1 | Queda moderada ante 2024 |
Base | 3,5 – 4,0 | Impacto de provisões e inadimplência |
Pessimista | 2,8 – 3,4 | Pressão forte na rentabilidade |
O principal fator de pressão sobre o lucro é o aumento da inadimplência, especialmente no crédito rural e no agronegócio. O crescimento das provisões para devedores duvidosos reduz o resultado líquido e afeta o retorno sobre o patrimônio (ROE), que deve ficar em um dos menores patamares dos últimos anos.
Dividendos devem encolher
Com a queda no lucro, o payout — percentual do lucro distribuído aos acionistas — tende a diminuir. Para o 2T25, a estimativa média é de distribuição em torno de 25%, o que deve resultar em aproximadamente R$ 1,1 bilhão em proventos, equivalente a cerca de R$ 0,19 por ação.
O resultado do segundo trimestre será decisivo para confirmar se a deterioração vista nos meses anteriores se manteve ou se houve alguma recuperação no final do período. Além dos números, o mercado acompanhará de perto as projeções revisadas para 2025 e possíveis indicações sobre a política de dividendos para o próximo ano.
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