O KNSC11 — fundo de papel da Kinea com cota acessível (base 10) — voltou a distribuir R$ 0,10 por cota em julho e negocia abaixo do valor patrimonial, apontando desconto. A carteira combina IPCA+ e CDI+, com alocação total ao redor de 110% do PL (alavancagem moderada). Há reserva de resultados para suavizar oscilações de proventos.
Preço, VP e desconto: a fotografia atual
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Valor patrimonial por cota (VP): ~R$ 8,82
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P/VP recente: ~0,96–0,97 (deságio frente ao VP)
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Patrimônio líquido: ≈R$ 1,78 bi
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Cotistas: ≈220 mil
O desconto próximo de 4% reforça a leitura de assimetria positiva para quem busca renda com tíquete baixo.
Como o KNSC11 gera renda
O portfólio é majoritariamente composto por CRIs. A alocação por indexador está concentrada em IPCA (~57%) e CDI (~42%), com taxa média em IPCA+ de dois dígitos e CDI+ ao redor de 3,3%. Essa estrutura tende a equilibrar ciclos: desinflação pressiona a parcela IPCA, enquanto CDI elevado sustenta parte do resultado.
Dividendos: estabilidade com “gordura” de reserva
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Dividendo de julho (pago em agosto): R$ 0,10/cota
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Reserva de resultados: R$ 0,09/cota
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Yield de referência (12m): ~13% a.a.
A renda é competitiva, mas suscetível ao comportamento do IPCA/CDI. A reserva funciona como colchão para eventuais trimestres mais fracos.
Gráfico-tabela: indicadores essenciais do KNSC11
Indicador | Nível recente | Sinal/Leitura |
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Valor patrimonial por cota (VP) | R$ 8,82 | Base para P/VP |
P/VP | 0,96–0,97 | Desconto frente ao VP |
Dividendo (jul/25) | R$ 0,10/cota | Retomada após R$ 0,09 |
Reserva acumulada | R$ 0,09/cota | Amortece volatilidade |
Alocação IPCA | ≈57% | Sensível à inflação |
Alocação CDI | ≈42% | Benefício do CDI alto |
Alocação total | ≈110% do PL | Alavancagem moderada |
PL / Cotistas | ~R$ 1,78 bi / ~220 mil | Escala e liquidez |
(Inclua este quadro após a primeira dobra da página para reforçar credibilidade e retenção.)
Tese em 3 pontos
1) Desconto com gestão reconhecida
Negociar abaixo do VP, mantendo escala, liquidez e diversificação, melhora a relação risco-retorno para o investidor de renda.
2) Carteira híbrida que equilibra ciclos
A mescla IPCA+/CDI+ reduz a dependência de um único fator macro. Os proventos oscilam, mas tendem a convergir para patamar competitivo do segmento.
3) Alavancagem sob controle
A alocação total ~110% do PL está dentro do padrão de fundos de papel da casa, exigindo apenas acompanhamento em cenários de estresse de crédito.
Riscos no radar
Risco de crédito e concentração pontual
Mesmo com carteira pulverizada em dezenas de CRIs, eventos de inadimplência/reestruturação podem afetar o caixa. Monitorar garantias e LTVs é essencial.
Sensibilidade a IPCA e CDI
A desinflação reduz a contribuição dos papéis indexados ao IPCA; mudanças na política monetária podem reprecificar o yield da parcela pós-fixada.
Desconto pode persistir
O P/VP pode continuar abaixo de 1 se o mercado projetar proventos menores adiante, apesar da reserva.
Para quem faz sentido agora?
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Investidores de renda que aceitam oscilações mensais.
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Quem busca tíquete baixo para compor FIIs de papel.
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Portfólios que valorizam gestão estabelecida, escala e liquidez.
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