O Manatí Hedge Fund FII (MANA11) manteve a distribuição de R$ 0,11 por cota referente a julho, o que equivale a dividend yield anualizado de 16,2% na cota de fechamento do período (R$ 8,76). A gestão reiterou o guidance de R$ 0,10 a R$ 0,12 por cota para o 3º trimestre. O fundo encerrou o mês com 28.039 cotistas, giro de 8% das cotas emitidas e volume negociado de R$ 26,2 milhões no secundário.
Raio-X de julho (ref. 31/07/2025)
Indicador | Dado |
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Cota de mercado | R$ 8,76 |
Cota patrimonial | R$ 9,24 |
Deságio vs. VP | –5,2% |
Dividendo do mês | R$ 0,11 por cota |
Dividend yield (a.a.)* | 16,2% |
Cotistas | 28.039 |
Volume no mês | R$ 26,2 milhões (ADTV ≈ R$ 1,1 mi/dia) |
*Cálculo sobre a cota de fechamento do mês.
O que mudou — e o que não mudou
Distribuição e guidance
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Manutenção dos R$ 0,11 reforça a consistência da política de rendimentos.
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Faixa orientativa para o 3T25 permanece entre R$ 0,10 e R$ 0,12, com a gestão destacando recorrência de resultado e oportunidades de originação.
Valor e liquidez
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O MANA11 terminou julho negociando abaixo do valor patrimonial (deságio de 5,2%).
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A base de investidores voltou a crescer, e a liquidez manteve-se elevada para a categoria.
Como está a carteira
Estruturados (CRI e operações similares) — 72,5% do PL
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Indexadores: ~49,5% IPCA (+9,5% a.a.) e 38,8% CDI (+4,6% a.a.).
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Setores líderes (sobre o PL): Incorporação 31,0%, Shopping 12,3%, Properties 7,2%, Locação 4,3%.
FIIs — 14,0% do PL
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Maior peso em fundos de recebíveis; estratégia dividida entre carrego (71,8%) e ganho de capital (28,2%).
Incorporação — 9,6% do PL
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Tese residencial com estrutura de equity preferencial, remuneração alvo explícita nos projetos e execução em praças como Florianópolis e Jundiaí.
Caixa e provisões
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Caixa + compromissadas: 3,9% do PL; provisões: –1,6% do PL.
Leitura: a combinação IPCA/CDI nos estruturados dá fôlego aos rendimentos, enquanto a parcela em incorporação pode adicionar ganhos extraordinários (com risco maior e execução própria). O bloco de FIIs oferece flexibilidade para ajustes táticos.
Cenários de rendimento até dezembro
Com a cota de R$ 8,76 como referência e a faixa sinalizada pela gestão:
Provento mensal | Yield anualizado (a.a.)* | Estimativa ago–dez/25** |
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R$ 0,10 | 14,6% | R$ 0,50 |
R$ 0,11 | 16,2% | R$ 0,55 |
R$ 0,12 | 17,7% | R$ 0,60 |
*Equivalente na cota de R$ 8,76, conforme sensibilidade oficial.
**Cinco pagamentos mensais (agosto a dezembro), se mantidas as condições indicadas pela gestão.
Sinal de alerta: rendimentos podem oscilar com (i) realização de ganhos de capital, (ii) variações de IPCA/CDI e (iii) eventos de crédito.
Mercado secundário e valuation
A tabela de sensibilidade da própria gestão indica que, na faixa de R$ 8,56–R$ 8,96, o yield anualizado oscila aprox. 15% a 18% ao variar o provento de R$ 0,10 a R$ 0,12. Com o deságio atual, a leitura da gestora é que o nível de preço oferece ponto de entrada em função da recorrência dos resultados e pipeline de originação.
Riscos e gatilhos
Riscos principais
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Crédito: piora de inadimplência ou eventos em CRIs.
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Macro: movimentos de IPCA/CDI e curva de juros que afetem marcação e originação.
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Execução: cronograma e saídas na incorporação (maior risco, maior potencial).
Gatilhos positivos
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Manutenção/elevação do provento dentro do guidance.
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Liquidações de ganho de capital e reciclagem tática em FIIs.
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Queda de prêmio de risco com estabilização da curva de juros.
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