Revolução Cultural: a Cidade do Saber é, novamente, do povo de Camaçari

A Cidade do Saber está de volta. Sua reabertura foi celebrada em uma grande festa, com a presença de diversos grupos culturais, fazedores de cultura e uma belíssima apresentação da Orquestra Afrosinfônica, sob a regência do maestro Bira Marques. Tivemos ainda a chula do mestre Roberto Mendes e uma constelação de artistas locais que traduzem, com talento e sensibilidade, a força da nossa gente.Foram oito anos de resistência. Nesse período sombrio, de 2017 a 2024, a Cidade do Saber sofreu cortes de orçamento, redução de atividades, falta de profissionais, perseguições e a degradação de sua estrutura física.Quando assumimos o governo, em janeiro deste ano, encontramos um cenário desolador: teatro sem ar-condicionado, sem sistema de som e com alagamentos em vários pontos. Mas nem esse pacote de retrocessos foi capaz de destruir o maior complexo de cultura, arte, educação e esportes da Bahia. Porque a cultura sempre resiste aos tiranos — assim foi, assim é e assim sempre será.Vamos ao ano de 2005. Ao assumir pela segunda vez a Prefeitura de Camaçari, lancei ao meu secretariado um desafio: criar um projeto transformador, capaz de mudar vidas. Essa ideia tornou-se obsessão. E deu certo.Do sonho à inauguração, foram apenas dois anos. Em março de 2007, nasceu a Cidade do Saber. Naquele momento, Camaçari iniciava uma verdadeira revolução cultural. O povo assumia o papel de protagonista e a cultura passava a ser tratada como um direito essencial, parte da nossa cesta de serviços.Camaçari ganhou visibilidade na Bahia e no Brasil. Recebemos chefes de Estado, grandes espetáculos de diferentes linguagens artísticas e competições esportivas de peso. Foram inúmeras premiações nacionais e internacionais.São 22 mil metros quadrados de área e mais de 10 mil metros quadrados de área construída. Mas a verdadeira grandeza da Cidade do Saber não está no tamanho, e sim na transformação de vidas. É inclusão social real, que, dentre outras coisas, garante aos filhos da periferia o acesso à música, ao balé e ao teatro com professores de excelência.Milhares de pessoas foram formadas aqui. Hoje, artistas consagrados levam sua arte ao mundo e carregam no coração a Cidade do Saber como o primeiro palco de suas trajetórias. A Cidade do Saber prova que, quando ela existe, o bem prevalece.Agora, com a retomada desse grande instrumento de transformação, iniciamos um novo ciclo. Uma nova revolução cultural já está em curso. A Cidade do Saber voltou — mais forte do que nunca — para continuar fazendo história.Viva a cultura. Viva a Cidade do Saber!*Luiz Caetano é prefeito de Camaçari
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