Polícia Civil ganha mais 10 dias para concluir investigação sobre morte de gari em BH

A Polícia Civil de Minas Gerais ganhou mais dez dias para concluir a investigação sobre a morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, em Belo Horizonte. O parecer favorável do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), nessa quinta-feira (21), adia o prazo final do inquérito, mas por um período menor do que o solicitado pela autoridade policial.

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A polícia havia pedido uma prorrogação de 30 dias, mas o MP concedeu apenas dez. Como o inquérito está em “tramitação direta” entre a delegacia e a promotoria, a decisão não precisou de análise judicial.

A solicitação para estender o prazo foi feita pelo delegado Evandro Nascimento Radaelli na última quarta-feira (20), data em que se encerrava o prazo inicial de dez dias da investigação. No pedido, o chefe do inquérito alegou que a medida era necessária, pois ainda havia “diligências pendentes” para a completa elucidação do caso.

O pedido de mais tempo para a investigação foi feito apenas dois dias depois de Renê da Silva Nogueira Júnior ter confessado ser o autor do assassinato. Mesmo com a confissão, a polícia ainda trabalha para reunir outras provas e concluir laudos periciais antes de finalizar o inquérito e remetê-lo à Justiça.

O crime

De acordo com a ocorrência policial, o crime aconteceu na rua Modestina de Souza, no bairro Vista Alegre, região Oeste da capital, na manhã do dia 11 de agosto deste ano. Conforme testemunhas, um caminhão de lixo estava parado na rua, durante a coleta de resíduos, quando o gestor comercial Renê Junior exigiu para que fosse liberado espaço na via para passar com o veículo que dirigia, um BYD cinza.

Irritado, ele ameaçou a motorista do caminhão com uma arma. Os garis tentaram intervir e pediram que ele se acalmasse. Foi nesse momento que ele saiu do veículo e disparou contra os funcionários, acertando Laudemir, que não estava envolvido na confusão. “E aí ele entrou dentro do carro e foi embora. Não prestou socorro, nem olhou para trás, ele seguiu o caminho dele”, relatou ao BHAZ a motorista do caminhão, Eledias Aparecida.

Renê Junior é marido da delegada Ana Paula Balbino, da Polícia Civil de Minas Gerais. A PCMG confirmou que a arma usada no homicídio está registra em nome da delegada Ana Paula Balbino, sendo de uso pessoal da policial. Renê alegou que pegou a pistola sem o consentimento da companheira e afirmou que ela não soube do crime. Mesmo assim, a servidora é alvo de uma investigação da Corregedoria-Geral da Polícia Civil.

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