A defesa de Renê da Silva Nogueira Júnior, autor confesso da morte do gari Laudemir Fernandes em Belo Horizonte, tem um novo advogado. O criminalista Dracon Luiz Cavalcante Lima foi oficialmente habilitado no processo nesta quinta-feira (21), assumindo o caso após a renúncia da equipe de defesa anterior.
Dracon Luiz Cavalcante Lima é um nome conhecido no cenário jurídico de Belo Horizonte por sua atuação em crimes de grande repercussão. Entre os casos de destaque em seu currículo estão a defesa da mulher condenada por matar a síndica do prédio onde morava e o caso do fisiculturista Allan Guimarães Pontelo, assassinado em uma boate na capital.
A mudança na defesa ocorre dias após os advogados que representavam Renê Júnior inicialmente renunciarem ao caso, na última segunda-feira (18). A saída da equipe anterior, cujo motivo não foi divulgado, aconteceu pouco antes de o investigado confessar o crime pela primeira vez.
Na ocasião, um advogado provisório foi chamado emergencialmente para acompanhar o depoimento em que Renê Júnior mudou sua versão e admitiu a autoria do assassinato.
O crime
De acordo com a ocorrência policial, o crime aconteceu na rua Modestina de Souza, no bairro Vista Alegre, região Oeste da capital, na manhã do dia 11 de agosto deste ano. Conforme testemunhas, um caminhão de lixo estava parado na rua, durante a coleta de resíduos, quando o gestor comercial Renê Junior exigiu para que fosse liberado espaço na via para passar com o veículo que dirigia, um BYD cinza.
Irritado, ele ameaçou a motorista do caminhão com uma arma. Os garis tentaram intervir e pediram que ele se acalmasse. Foi nesse momento que ele saiu do veículo e disparou contra os funcionários, acertando Laudemir, que não estava envolvido na confusão. “E aí ele entrou dentro do carro e foi embora. Não prestou socorro, nem olhou para trás, ele seguiu o caminho dele”, relatou ao BHAZ a motorista do caminhão, Eledias Aparecida.
Renê Junior é marido da delegada Ana Paula Balbino, da Polícia Civil de Minas Gerais. A PCMG confirmou que a arma usada no homicídio está registra em nome da delegada Ana Paula Balbino, sendo de uso pessoal da policial. Renê alegou que pegou a pistola sem o consentimento da companheira e afirmou que ela não soube do crime. Mesmo assim, a servidora é alvo de uma investigação da Corregedoria-Geral da Polícia Civil.
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