
Andréa Flores em cena no espetáculo “Curupirá”
Divulgação
Risos, feminilidades e Amazônias. Essa é a mescla do espetáculo teatral “Curupirá”, da atriz, palhaça e pesquisadora Andréa Flores, que encerra a programação do 3º Festival Solos do Pará na noite desta terça-feira (26), no auditório da Casa da Cultura de Santarém, oeste do Pará.
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No espetáculo montado em 2019, Andréa Flores que também é professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), apresenta ao público o resultado de três anos de pesquisa de doutorado em Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sobre as comicidades das Amazônias de floresta profunda, entre povos indígenas amazônicos.
O espetáculo é apresentado por Andréa Flores como um ato de traquinagem, que é inerente a sua pesquisa, que não desvincula o sagrado do cotidiano. “Essa traquinagem é muito presente no comportamento dos seres e deuses de floresta que estão presentes nas histórias dos povos amazônicos”, destacou.
Curupirá é um convite ao público para participar do ato junto com a artista. O espetáculo começa às 20h e o público pode fazer a retirada dos ingressos gratuitamente com uma hora de antecedência na Casa da Cultura.
Coletivas Xoxós
O Coletivas Xoxós foi fundado em 2015 por Andréa Flores e Wlad Lima. A estreia foi com o espetáculo “Amor, amor”. Em 2016, com “Ô, de casa! Posso entrar pra cuidar?”, o grupo integrou mais artistas cênicos e novos conceitos ganharam forma.
A poética teatral do Coletivas Xoxós é marcada por Bioesculturas Cênicas (vida como matéria dramatúrgica) e Teatro ao Alcance do Tato (relações de proximidade com o público). No projeto Quartelada Teatral (2022), com quatro solos do repertório próprio, foi o ápice da poética adotada pelo coletivo. Os soloso “Rala Palhaço” (2015), “Curupirá” (2019), “mEU pOEMA iMUNDO” (2020) e “Divinas Cabeças” (2021) estiveram em temporada juntos.
Festival Solos do Pará
Idealizado em 2022 pela Associação Artística Cultural Olho D’Água, o Festival Solos do Pará nasceu com o propósito de dar visibilidade e fomentar o desenvolvimento das produções individuais da região. Para o diretor-geral do festival, Elder Aguiar, a proposta tem cumprido seu papel com êxito.
Em 2025, o festival trouxe seis produções solos de Santarém, Manaus e Macapá, além de uma oficina gratuita de montagem de solos teatrais com a professora Andréa Flores.
O Festival Solos do Pará é realizado pela Associação Artístico Cultural Olho D’Água, com patrocínio do Banpará e Banco da Amazônia, e apoio da UFOPA, Secretaria Municipal de Cultura de Santarém e Grupo de Teatro Iurupari.
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