O mercado de criptomoedas foi surpreendido nesta semana por um movimento agressivo de uma baleia do Bitcoin. Em apenas 15 minutos, a venda de 24.000 BTC, equivalente a US$ 2,7 bilhões, derrubou o preço da moeda em cerca de US$ 3.000, levando a cotação para a faixa dos US$ 110 mil.
O impacto imediato foi um flash crash que evidenciou a força de grandes investidores sobre o mercado. Apesar de ter liquidado uma quantia significativa, a baleia ainda detém cerca de 152.874 BTC, avaliados em mais de US$ 17 bilhões, o que reforça o risco de novas pressões no preço.
Ação estratégica ou manipulação?
Especialistas apontam que a forma da venda chama atenção. Diferente de grandes transações realizadas por empresas como a MicroStrategy, que compram e vendem por meio de mesas de OTC sem impacto direto no mercado spot, a baleia optou por vender diretamente, ampliando a volatilidade.
A hipótese mais discutida é que o investidor buscava provocar a queda para lucrar em operações de short, ou seja, apostar contra o ativo no mesmo momento da venda.
Setembro, historicamente negativo para o Bitcoin
O episódio ocorre às vésperas de setembro, considerado o pior mês para o Bitcoin. Historicamente, este período registra baixa performance e pode abrir espaço para novas correções. Analistas técnicos já projetam que, caso a moeda não se sustente acima de US$ 109 mil, há chances de queda até a região dos US$ 95 mil, próximo à média de 50 semanas.
Mercado em alerta
Apesar da forte correção, analistas lembram que indicadores de longo prazo ainda não apontam o fim do ciclo de alta. O movimento das baleias, no entanto, reforça que o mercado segue vulnerável a manipulações e que investidores precisam adotar estratégias de proteção.
Enquanto isso, traders acompanham de perto o fechamento semanal e mensal para entender se a queda atual é apenas mais uma correção do ciclo ou o início de um movimento mais profundo.
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