Ibovespa despenca com petróleo em queda e inflação; dólar fecha a R$ 5,42

O principal fator que pesou no mercado brasileiro foi a divulgação do IPCA-15 de agosto, que mostrou desaceleração menor que o esperado. A alta dos preços de serviços manteve a pressão inflacionária, reduzindo as chances de cortes mais agressivos na taxa Selic.
Com juros mais altos por mais tempo, o apetite por ações diminui, especialmente em setores sensíveis ao crédito, como bancos, que lideraram as quedas no pregão.

Tensões políticas externas afetam emergentes

No cenário internacional, declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevaram a aversão ao risco. Ele ameaçou retaliar países que aplicarem regulações mais rígidas contra big techs norte-americanas, recado que pode atingir diretamente o Brasil.
Além disso, Trump anunciou possível imposição de tarifas de até 200% sobre produtos chineses, caso haja restrição na exportação de terras raras — insumos essenciais para eletrônicos e carros elétricos. Esse movimento aumentou a volatilidade global e pressionou mercados emergentes.

Queda do petróleo derruba Petrobras e petroleiras

O preço do petróleo Brent caiu mais de 2,2% no dia, refletindo as tensões comerciais entre EUA e China. O recuo impactou diretamente as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) e de outras companhias ligadas ao setor, ampliando a queda do Ibovespa.

Caso Sabesp adiciona risco setorial

No Brasil, a Sabesp (SBSP3) também figurou entre as quedas mais expressivas. O governo paulista autorizou a redução da pressão da água no período noturno para preservar os reservatórios em meio à estiagem, o que aumentou preocupações com o risco hidrológico da companhia.

Fechamento do mercado

  • Ibovespa: queda de 1,97%, aos 137.771 pontos

  • Dólar: alta de 0,3%, cotado a R$ 5,42

  • Real: pior desempenho global no dia, apesar da queda do índice do dólar no exterior

O câmbio foi pressionado também por fluxo de saída de recursos devido ao pagamento de dividendos de grandes empresas brasileiras. No auge do dia, o dólar chegou a R$ 5,45, antes de recuar levemente no fechamento.

Cenário internacional e riscos futuros

A instabilidade também foi ampliada pela crise institucional nos Estados Unidos. Trump tenta afastar judicialmente a diretora do Federal Reserve, Lisa Cook, acusada de irregularidades em financiamentos imobiliários. A incerteza em torno do banco central americano adicionou cautela aos investidores.

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