A Petrobras alcançou em julho de 2025 um marco histórico na sua trajetória: a produção operada chegou a 4,6 milhões de barris de óleo equivalente por dia, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O resultado representa uma alta de 5,8% em relação a junho, que já havia sido um mês recorde. Desde março, a estatal vem superando suas próprias marcas mês após mês, sinalizando uma curva de crescimento acelerada.
Crescimento trimestral em ritmo forte
Com base na média diária, a produção do mês de julho, projetada para um trimestre, alcançaria cerca de 430 milhões de barris, representando uma expansão de 10% frente ao trimestre anterior. Caso agosto e setembro confirmem a mesma trajetória, este poderá ser o período de maior crescimento trimestral da estatal nos últimos anos.
Impactos diretos nos dividendos
O desempenho operacional reacende o debate sobre os dividendos da Petrobras (PETR4). As estimativas atuais apontam para um pagamento na faixa de R$ 0,64 por ação, equivalente a um dividend yield de 2%. Considerando os ajustes de impostos e juros sobre capital próprio (JCP), o valor líquido pode ficar próximo de R$ 0,58 por ação.
Contudo, se a geração de caixa superar os parâmetros conservadores utilizados nas projeções — especialmente no fluxo de caixa operacional por barril —, os dividendos poderiam subir para até R$ 0,73 líquidos por ação, o que representaria um yield de aproximadamente 9,4% ao ano.
O que esperar nos próximos meses
Além do desempenho operacional, o mercado aguarda o plano estratégico da Petrobras, previsto para novembro de 2025. A divulgação poderá trazer novas metas de produção, investimentos e, possivelmente, o anúncio de dividendos extraordinários, a exemplo do que ocorreu no ano passado.
Com esse cenário, investidores seguem atentos à combinação de recordes na produção, estabilidade no preço do petróleo e decisões estratégicas da estatal, que podem resultar em maior retorno financeiro no curto e médio prazo.
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