Minas Gerais continua no topo da chamada “Lista Suja” do trabalho análogo à escravidão no Brasil. A nova atualização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgada nessa quarta-feira (10), revela que 159 dos 745 casos do cadastro estão no estado mineiro — o que equivale a 21% do total.
A lista é atualizada a cada seis meses. No último levantamento, divulgada em outubro de 2024, Minas Gerais também liderou o ranking, registrando 165 casos de 727 no Brasil, ou seja 22% do total.
Nesta atualização, 155 empregadores foram incluídos no cadastro. Desses, 18 foram inseridos em razão da comprovação de trabalho análogo à escravidão em atividades domésticas. Um dos empregadores listados é de Belo Horizonte, da Fazenda Souza Lima.
Além disso, as atividades com maior número de inclusões nesta edição foram:
- Criação de bovinos (21);
- Cultivo de café (20);
- Trabalho doméstico (18);
- Produção de carvão vegetal (10);
- Extração de minerais diversos (7).
De acordo com o MTE, a inclusão de um empregador no cadastro ocorre após a conclusão de processo administrativo que comprove a prática de trabalho análogo à escravidão, sem possibilidade de recurso.
O órgão reforça ainda que denúncias de trabalho análogo à escravidão podem ser feitas de forma remota e sigilosa no Sistema Ipê, sistema lançado em 15 de maio 2020 pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O Sistema Ipê é o único sistema exclusivo para recebimento de denúncias de trabalho análogo à escravidão e integrado ao Fluxo Nacional de Atendimento às Vítimas do Trabalho Escravo.
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