Fundo CPTI11 distribui mais de 1% ao mês com carteira pulverizada e taxa IPCA+10,23%

O fundo de infraestrutura CPTI11 (Capitania Infraestrutura) tem se destacado pela sua consistência de rendimentos mensais acima de 1%, isenção de imposto de renda sobre os ganhos e uma carteira altamente pulverizada. A taxa média das operações é de IPCA + 10,23%, considerada atrativa mesmo em um cenário de Selic elevada.

Estrutura atual do fundo

O CPTI11 conta com um portfólio amplamente diversificado: a exposição máxima por devedor é inferior a 5% e, atualmente, o fundo detém cerca de 1% em caixa. A última distribuição foi de R$ 1 por cota, acumulando um yield superior a 14% nos últimos 12 meses. Além disso, houve valorização da cota patrimonial, que chegou a R$ 93,75.

Com a cota de mercado sendo negociada em torno de R$ 84,50, o deságio oferece ao investidor um retorno equivalente de IPCA + 11,8%.

Histórico de distribuições e volatilidade

Desde maio de 2024, o CPTI11 tem mantido distribuições mensais, apesar de variações. Em 2022, por exemplo, o fundo alcançou sua maior média anual, com R$ 1,46 por cota. Essa oscilação ocorre por conta do pagamento semestral das debêntures da carteira, o que afeta a previsibilidade mensal.

A análise do DRE revela meses com resultados de apenas R$ 0,08 por cota e outros com R$ 1,72, reflexo direto da sazonalidade dos pagamentos. Por isso, para avaliar a consistência do fundo, é essencial observar o resultado acumulado de 12 meses.

Situação da reserva e risco

Apesar da performance atrativa, as reservas do CPTI11 estão negativas. Isso ocorre porque o gestor antecipa distribuições mensais utilizando o caixa do fundo, equilibrando os pagamentos semestrais. Essa estratégia exige monitoramento, pois em algum momento os recebimentos precisam recompor essa reserva para manter a sustentabilidade da distribuição.

Operações recentes e ganho de capital

Recentemente, o fundo vendeu cerca de R$ 49 milhões em operações IPCA+9,24 e reinvestiu os recursos em ativos com taxa média de IPCA+10,31. Com isso, houve elevação da taxa média da carteira, o que tende a impulsionar os rendimentos futuros, ainda que com leve aumento de risco.

Alocação por setor e rating

O setor de geração de energia lidera a alocação do fundo, com 21% do portfólio, seguido por rodovias com 18%. A maior parte dos emissores possui rating A ou superior. Apenas 21% dos ativos não possuem rating.

A Codesa é o maior emissor individual, com 4,1% de participação, o que confirma a baixa concentração da carteira.

Liquidez e base de investidores

O fundo apresenta liquidez média diária de cerca de R$ 3 milhões e atualmente possui aproximadamente 38 mil cotistas, número inferior ao registrado em 2024. Essa redução acompanha um movimento geral de migração de investidores para produtos de renda fixa tradicional.

Expectativas futuras

Com novas debêntures prestes a pagar juros e o reposicionamento da carteira em taxas mais altas, espera-se uma melhora nas reservas do fundo e potencial manutenção do yield acima de 1% ao mês. Contudo, o investidor deve acompanhar de perto a gestão do caixa e a evolução do resultado acumulado.

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