Alta no preço dos alimentos faz atacadistas virarem opção preferida dos brasileiros

Diante de um cenário econômico desafiador, o aumento dos preços dos alimentos tem se tornado um dos principais desafios enfrentados pelas famílias brasileiras. Uma recente pesquisa realizada pela Brasil Penals Consultoria, em parceria com a Behavior Insites, revelou que aproximadamente 42% dos consumidores têm optado por redes atacadistas como estratégia para economizar e reduzir os impactos da inflação no orçamento doméstico.

A pesquisa também destaca que, nos últimos 12 meses, a esmagadora maioria dos entrevistados (95%) sentiu um aumento significativo no custo de vida, algo que tem pressionado as famílias a procurarem alternativas viáveis para suas compras diárias.

A escalada dos preços: alimentos lideram aumento da inflação

A recente prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirma a pressão inflacionária vinda dos alimentos e bebidas. Em abril, o IPCA-15 registrou alta de 0,43%, impulsionado principalmente pelo setor alimentício, que subiu 1,14%.

Esses números representam não apenas um impacto direto no bolso do consumidor, mas também sugerem uma dificuldade contínua em conter a inflação em segmentos essenciais, especialmente em itens básicos como arroz, feijão, carnes e hortaliças.

Produtos que mais impactaram o orçamento

Entre os alimentos que tiveram os maiores aumentos estão:

  • Carnes vermelhas (+2,5%)
  • Leite e derivados (+3,2%)
  • Legumes e verduras (+4,1%)
  • Óleo de soja (+3,8%)

Esses produtos têm peso significativo na cesta básica das famílias brasileiras, aumentando ainda mais o desafio econômico enfrentado por muitos.

Atacadistas como alternativa viável

Diante desse cenário, as redes atacadistas ganharam força por oferecerem preços mais competitivos, principalmente devido à venda em grandes quantidades e menores custos operacionais. Esse modelo permite que o consumidor obtenha descontos significativos, que variam, em média, de 10% a 30%, dependendo da quantidade adquirida e da política da loja.

De acordo com o estudo, a principal motivação apontada pelos consumidores para escolherem os atacadistas é justamente a economia proporcionada pelas compras em volume. Cerca de 60% dos entrevistados destacaram a redução no valor final das compras como fator determinante na decisão por redes atacadistas.

Mudança no perfil de compra do consumidor

Além disso, a pesquisa identificou uma alteração no comportamento de compra dos brasileiros:

  • Famílias estão planejando melhor as compras mensais.
  • A frequência de idas aos supermercados tradicionais diminuiu.
  • A compra coletiva entre vizinhos e familiares também cresceu.

Esses novos hábitos mostram uma clara tentativa dos brasileiros de maximizar seu poder de compra e reduzir os gastos mensais.

Expectativas para o futuro

Especialistas econômicos projetam que, enquanto os alimentos continuarem sendo os principais responsáveis pela pressão inflacionária, a tendência é que a preferência por redes atacadistas permaneça forte. A perspectiva é que essa modalidade de consumo continue a crescer, principalmente se a inflação não der sinais claros de recuo nos próximos meses.

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