O fundo imobiliário GARE11 voltou aos holofotes após concretizar uma operação altamente lucrativa: a venda do imóvel BRF FISA, que gerou um retorno de 28% para os cotistas. O ganho de capital contribuiu para reforçar o caixa do fundo, que alcançou R$ 555 milhões, ao mesmo tempo em que permitiu uma expressiva redução da alavancagem, agora em 23,3%. Em um cenário macroeconômico ainda desafiador, o GARE11 mostra resiliência, gestão ativa e potencial atrativo para investidores que buscam renda passiva consistente.
Venda estratégica com retorno expressivo
A negociação do imóvel BRF FISA foi o principal destaque do relatório gerencial de janeiro. Segundo os dados divulgados, a operação proporcionou um retorno interno de 28%, o equivalente a IPCA +20,7% no período — ou aproximadamente 250% do CDI.
Esse resultado reforça o compromisso da gestão com a geração de valor para os cotistas, mesmo em um ambiente marcado por volatilidade e juros elevados.
Caixa fortalecido e queda na alavancagem
O caixa do fundo saltou para R$ 555 milhões após a liquidação da venda, garantindo maior segurança para os próximos compromissos. Com isso, a alavancagem líquida foi reduzida de forma significativa, passando para 23,3%.
Além disso, a gestão afirma que o fundo possui mais de 10 anos de cobertura das obrigações atuais, o que indica solidez na estrutura de capital e margem para novas movimentações estratégicas.
Portfólio diversificado e qualidade dos inquilinos
Atualmente, o GARE11 conta com mais de 40 imóveis distribuídos entre os segmentos de logística (34%) e renda urbana (66%). Os contratos são 100% atípicos, com prazos médios superiores a 14 anos e locatários de alta qualidade, classificados majoritariamente como Triple A ou AA+.
A maior concentração de receita por ativo é de apenas 2,3%, o que demonstra uma boa pulverização do risco. Os principais contratos estão válidos até 2030 ou além, reduzindo o risco de vacância no curto e médio prazo.
Rentabilidade atrativa para um fundo de tijolo
Mesmo diante do cenário macroeconômico adverso, o fundo tem entregado rendimentos consistentes. Em janeiro, o dividendo foi de R$ 0,083 por cota, equivalente à banda inferior da meta estipulada pela gestão (entre R$ 0,083 e R$ 0,090). A distribuição representa quase 1% ao mês sobre o valor patrimonial, um percentual elevado para fundos de tijolo.
Essa estabilidade reforça a atratividade do GARE11 para investidores que buscam previsibilidade de fluxo de caixa.
Estratégia de gestão ativa e novas vendas previstas
A administração do fundo segue comprometida com a gestão ativa do portfólio. A expectativa é continuar vendendo ativos selecionados com valorização relevante para reduzir ainda mais a alavancagem, gerar novos ganhos de capital e reequilibrar o portfólio.
Essa abordagem tem se mostrado eficaz na geração de retornos, mesmo com a pressão de fatores macroeconômicos como inflação em 5,5% e juros projetados próximos a 11%.
Avaliação de preço e desconto de mercado
Atualmente, o GARE11 está sendo negociado próximo a R$ 8,50 por cota, com um P/VP de 0,93 — ou seja, um desconto de aproximadamente 7% sobre o valor patrimonial. Considerando a banda inferior de dividendos (R$ 0,083) e a atual alavancagem, o preço teto estimado é de R$ 9,44.
Ou seja, o fundo ainda apresenta margem de valorização e pode ser uma oportunidade para quem deseja entrar com desconto, especialmente considerando o bom momento da gestão e a solidez do portfólio.
O GARE11 reforça sua posição entre os fundos de tijolo mais resilientes do mercado. A venda bem-sucedida do imóvel BRF FISA, aliada à distribuição robusta de dividendos e à forte redução na alavancagem, mostra que o fundo está preparado para atravessar o cenário desafiador da economia brasileira.
Para investidores atentos a boas oportunidades de renda passiva, o GARE11 pode ser uma alternativa interessante, com bom nível de previsibilidade, desconto de mercado e perspectiva de novas valorizações futuras.
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