O fundo imobiliário AFHI11 se destaca no setor por sua postura pró-cotista, política de emissões criteriosa e boa diversificação de carteira. Com nova movimentação em março, o fundo reforçou sua exposição a ativos atrelados ao IPCA, o que tende a beneficiar suas distribuições futuras num ambiente de inflação acumulada em alta.
Destaques do relatório de março: gestão transparente e foco em qualidade
O AFHI11 continua firme na sua proposta de não realizar emissões abaixo do valor patrimonial, mantendo a confiança dos cotistas. Além disso, o fundo:
- Cobra 1% de taxa de administração, sem taxa de performance;
- Possui liquidez média de R$ 1 milhão por dia;
- Realizou cinco ofertas com custo zero para os cotistas, sinalizando respeito ao patrimônio dos investidores.
Esse conjunto de práticas reforça a percepção de que o AFHI11 atua como um dos FIIs mais alinhados com os interesses de seus cotistas.
Distribuição sustentada por reservas e inflação acumulada
Em março, o fundo gerou R$ 0,90 por cota e distribuiu R$ 0,99, apoiado por sua reserva acumulada de caixa (R$ 0,16). A diferença foi compensada pelo IPCA de janeiro, incorporado ao resultado do mês.
O AFHI11 é um dos fundos que ainda não incorporaram o IPCA de fevereiro, o que significa que os resultados futuros devem vir mais robustos, sustentando ou até aumentando a distribuição nos próximos meses. Com inflação acumulada e CRIs indexados ao IPCA + taxas de dois dígitos, o cenário é positivo para o fundo.
Compras estratégicas reforçam rentabilidade
As novas aquisições de março foram relevantes:
- CRI HGRU (Grupo Pão de Açúcar): IPCA + 10%
- Shopping Itaquera: IPCA + 9,11%
- Outros ativos atrelados ao CDI com spread superior a 2%
Essas movimentações elevam o carrego médio da carteira, que já vinha forte com boa alocação em CRIs de rating high grade e indexadores que protegem o fundo da corrosão inflacionária.
Carteira diversificada e bem alocada
A carteira do AFHI11 é amplamente diversificada, tanto em emissores quanto em setores:
- Indexadores predominantes: cerca de 80% da carteira atrelada ao IPCA e 20% ao CDI;
- Risco: predominância de ativos high grade, com pequena exposição a high yield;
- Segmentos: incorporação, securitizadoras e varejo são os mais relevantes;
- Principais devedores: OPA, Vigor, entre outros nomes sólidos.
Essa composição permite ao fundo gerar resultados consistentes e previsíveis, mesmo diante de oscilações de mercado.
Cota negociada próxima ao valor patrimonial
Um ponto que chama a atenção é que AFHI11 raramente negocia com deságio, o que demonstra a confiança do mercado na gestão e na estabilidade da distribuição.
Nos poucos momentos em que a cota apresenta desconto em relação ao valor patrimonial, muitos investidores enxergam oportunidade de entrada — especialmente aqueles focados em renda passiva com perfil moderado de risco.
Com inflação acumulada sendo incorporada mês a mês e uma carteira reforçada por ativos IPCA+ com taxas acima da média de mercado, o AFHI11 deve continuar entregando bons rendimentos em 2024.
Além disso, a reserva de caixa e o compromisso com emissões responsáveis reforçam a segurança para quem busca estabilidade na renda, sem surpresas negativas.
Para quem está montando carteira ou diversificando investimentos em FIIs de papel, o AFHI11 segue como uma opção equilibrada entre rentabilidade, previsibilidade e governança sólida.
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