A Bolsa de Valores do Brasil teve uma forte alta nesta quinta-feira (8), impulsionada por expectativas de avanço em negociações comerciais entre Estados Unidos e Reino Unido e pela crescente percepção de pragmatismo por parte do governo norte-americano. O Ibovespa subiu mais de 2% e atingiu o recorde histórico de 137.600 pontos no intradia, marcando um novo patamar para o principal índice acionário do país.
Otimismo com o cenário internacional favorece emergentes
Apesar de ainda não haver um acordo comercial formal assinado, os mercados reagiram positivamente à possibilidade de avanço nas tratativas entre EUA e Reino Unido, além de um possível recomeço do diálogo com a China. A leitura de que o governo norte-americano pode adotar uma abordagem mais pragmática evitando retaliações mais duras ao comércio internacional elevou o apetite ao risco, principalmente em países emergentes.
De acordo com analistas, os investidores globais buscaram ativos em países com fundamentos mais sólidos e alta rentabilidade, como é o caso do Brasil. A bolsa brasileira se beneficiou do cenário de juros reais elevados, com a Selic em um dos maiores patamares do mundo, e da atratividade de ações de empresas consolidadas negociadas com desconto.
Dólar recua frente ao real e destaca atratividade do Brasil
O movimento também impactou o câmbio. O dólar teve queda expressiva frente ao real, contrastando com seu fortalecimento diante de outras moedas globais. Essa valorização do real foi impulsionada pelo aumento do fluxo de entrada de capital estrangeiro, motivado pela combinação de juros altos e ações baratas no mercado brasileiro.
Durante o pregão, o ex-presidente Donald Trump chegou a afirmar que, após o anúncio de avanço com o Reino Unido, “se eu fosse você, compraria ações na bolsa”, o que reforçou ainda mais o movimento positivo nas bolsas, inclusive no Brasil.
Investidores reagem à expectativa de retomada do diálogo global
Para os analistas, ainda que não haja uma resolução concreta entre as potências globais, o simples fato de haver uma abertura para o diálogo já cria um ambiente mais favorável para os mercados. A expectativa gira em torno da reunião entre representantes do governo americano e autoridades chinesas no fim de semana, que pode estabelecer um novo patamar de negociação e previsibilidade.
Caso o cenário continue positivo e sem rupturas no ambiente diplomático, o movimento atual pode consolidar um novo ciclo de valorização para os ativos brasileiros.
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