O que você faria se, na sua Câmara Municipal, fosse aprovada uma aberração chamada “Lei da Cegonha Reborn”? Talvez você nem saiba o que é isso — então eu explico rapidinho: são aquelas bonecas hiper-realistas, que imitam bebês de verdade. Chamam de “bebê reborn”. Até aí, tudo bem — cada um com seus gostos. Mas o problema começa quando essa bizarrice vira pauta de política pública.
Pois acredite: a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou um projeto de lei que institui o Dia Municipal da Cegonha Reborn. Isso mesmo. Os vereadores do Rio, com todo o tempo e dinheiro público à disposição, resolveram prestar homenagem a pessoas que “entregam” essas bonecas como se fossem bebês de verdade. E adivinha o partido do autor? MDB. Claro que tinha que ser do MDB, né? A legenda do delírio institucionalizado.
Agora me diz: isso é prioridade? Isso é sério? Que tipo de mentalidade tem um vereador que propõe esse lixo legislativo? E pior: que tipo de Câmara aprova isso?
Enquanto isso, milhares de crianças reais estão passando fome, abandonadas, sem acesso à saúde, vítimas diretas de um sistema podre e de políticos que não querem resolver o que realmente importa. Crianças verdadeiras morrendo por falta de remédio, de médico, de comida. E esses vereadores estão ocupados homenageando brinquedo!
Isso é escárnio. Isso é cuspir na cara do cidadão carioca. Uma cidade linda, com um povo inteligente, sendo representada por parlamentares que parecem viver num episódio decadente do Show da Xuxa. Não dá pra levar a sério.
Brincar de boneca é parte do desenvolvimento infantil, claro. Mas transformar isso em política pública? Criar “dia comemorativo” pra boneca? Acorda, gente. Tem coisa muito mais importante pra ser discutida e resolvida.
Que país é esse, onde a Câmara vira circo e o palhaço é sempre o povo?
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O post Lei da Cegonha reborn é um show de horrores, diz Danilo Visconti apareceu primeiro em Olhar do Vale.
