A Petrobras informou nesta semana a descoberta de petróleo no bloco Arã, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, a 248 km da cidade de Santos (SP) e em lâmina d’água de 1.952 metros. A nova perfuração faz parte da estratégia da estatal de ampliar sua produção nos próximos anos e manter sua trajetória de geração de valor aos acionistas.
Com 80% de participação no consórcio, ao lado da chinesa CNODC Brasil Petróleo e Gás Ltda. (20%), a Petrobras dará início à análise dos reservatórios e fluidos encontrados para avaliar o potencial comercial da área. Estão previstas ainda a perfuração de mais dois poços e a realização de um teste de formação. O plano de avaliação da descoberta (PAD) está previsto para ser concluído até 2027.
Exploração reforça crescimento da estatal e sustentabilidade de dividendos
Essa é a segunda descoberta relevante feita pela Petrobras no bloco Arã em 2025. Em março, a companhia já havia detectado indícios de hidrocarbonetos em outro poço próximo. A continuidade da exploração é vista como estratégica para sustentar a curva de crescimento da produção, que tende a se estabilizar entre 2028 e 2029, segundo projeções da própria companhia.
Além do pré-sal, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, reiterou em conferência nos Estados Unidos que a estatal aposta fortemente na Margem Equatorial como próxima fronteira de expansão. A região, que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá, ainda depende de licenças ambientais para perfuração, mas é considerada promissora em volume e qualidade de petróleo.
Estimativa de dividendos em 2025: projeções otimistas
A Petrobras divulgará seus resultados do 1º trimestre de 2025 na segunda-feira (13), e há expectativa de que a companhia anuncie dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) na mesma data, como fez em 2024. No ano passado, os proventos do primeiro trimestre totalizaram R$ 1,04 por ação (bruto), sendo mais de 50% na forma de JCP.
Com base nos parâmetros do mercado — preço médio do barril Brent a US$ 75, dólar a R$ 5,85 e investimentos (capex) mais contidos — analistas estimam um dividendo líquido de aproximadamente R$ 1,03 por ação para o 1T25. Isso representa um dividend yield estimado de 3,34% sobre a cotação atual de R$ 30,91.
Para o ano de 2025, considerando um cenário conservador com Brent a US$ 65, dólar a R$ 5,70 e capex robusto de R$ 16 bilhões, o dividendo líquido projetado por ação é de R$ 3,12, o que corresponde a um yield de 10,11%. Nessa projeção, o preço teto da ação (PETR4) é estimado em R$ 31,25, com pequena margem de segurança para novos aportes.
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