A Petrobras iniciou 2025 reforçando seu compromisso com os investidores ao anunciar um novo pacote de proventos que soma R$ 0,90 por ação, divididos entre dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). A medida era esperada por quem acompanha a estratégia de remuneração da estatal, que tradicionalmente realiza anúncios trimestrais nos meses de abril, junho, agosto e dezembro.
Previsibilidade mantida: R$ 0,90 por ação
O novo anúncio contempla três componentes de remuneração:
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Dividendo
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JCP tributado a 15%
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Pagamento em duas parcelas
O investidor que possuir ações da Petrobras até a data-com de 2 de junho de 2025 terá direito ao valor bruto total de R$ 0,90 por ação. A distribuição ocorrerá em duas etapas:
Calendário de pagamentos
Parcela | Tipo | Valor Bruto | Data de Pagamento |
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1ª | Dividendos + JCP | R$ 0,45 | 20/08/2025 |
2ª | Dividendos + JCP | R$ 0,45 (R$ 0,30 + R$ 0,15) | 22/09/2025 |
Após a tributação de 15% sobre o JCP, o valor líquido estimado por ação é de R$ 0,81, sendo esse o montante real que “pingará” na conta do investidor.
Quanto precisa investir para ter renda passiva com Petrobras?
A seguir, veja quanto seria necessário aplicar em PETR3 ou PETR4 para gerar R$ 100, R$ 500 e R$ 1.000 de renda líquida, com base nos R$ 0,81 por ação anunciados:
Simulações com base no valor líquido
Para R$ 100 mensais:
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Quantidade de ações necessárias: 122
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Investimento em PETR3: R$ 4.227
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Investimento em PETR4: R$ 3.921
Para R$ 500 mensais:
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Quantidade de ações necessárias: 611
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Investimento em PETR3: R$ 21.137
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Investimento em PETR4: R$ 19.609
Para R$ 1.000 mensais:
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Quantidade de ações necessárias: 1.221
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Investimento em PETR3: R$ 42.075
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Investimento em PETR4: R$ 39.218
A diferença entre PETR3 e PETR4 está apenas na cotação, já que o valor pago em dividendos é igual para ambas.
Preço teto da PETR4 para 2025: Até onde vale comprar?
Com base na média de dividend yield de 23% nos últimos cinco anos, a análise projeta três cenários de preço teto:
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Yield de 6% (mínimo): R$ 12,58 → conservador, mas inadequado para ativos de alto risco
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Yield de 10% (recomendado para Petrobras): R$ 6,28
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Yield de 15% (mais agressivo): R$ 5,02
Segundo essa abordagem, o preço teto ideal para PETR4 está entre R$ 5,02 e R$ 6,28, oferecendo margem de segurança entre 56% e 95%, dependendo da metodologia aplicada.
Preço justo segundo o método Graham
Usando a fórmula de Benjamin Graham e dados atuais da Petrobras:
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VPA (Valor Patrimonial por Ação): R$ 30,71
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LPA (Lucro por Ação): R$ 3,73
O preço justo estimado fica em R$ 5,07, com margem de segurança de 58%. Isso reforça o argumento de que a PETR4 continua subavaliada no mercado.
A importância dos proventos na rentabilidade total
Desde que entrou na carteira do investidor que apresentou a análise, a Petrobras já entregou mais de R$ 1.359 em dividendos, elevando a rentabilidade total da posição para 27,6%. Isso mostra como os proventos fazem diferença no longo prazo — especialmente em empresas do setor de commodities, que enfrentam ciclos voláteis, mas distribuem lucros robustos.
Estratégia e alocação: Qual o peso ideal?
Dada a natureza cíclica e o risco político da Petrobras, o analista recomenda alocação máxima de 5% na carteira total. Apesar do bom histórico de dividendos, não é prudente concentrar demais em um único ativo. Atualmente, essa exposição está em 5,19%, não exigindo novos aportes.
Com proventos generosos, previsibilidade trimestral e valuation atrativo, a Petrobras continua sendo uma excelente fonte de renda passiva, especialmente para quem acompanha de perto o calendário de pagamentos e aplica metodologias sólidas como Graham e preço teto.
Mas atenção: o sucesso está na estratégia — diversificação, controle de riscos e reinvestimento dos dividendos são essenciais para uma carteira rentável e sustentável.
O post Petrobras anuncia R$ 0,90 por ação em proventos: Veja datas, valor líquido e simulação de renda apareceu primeiro em O Petróleo.