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A mesma opinião foi corroborada pelo líder do partido na casa legislativa, vereador Daniel Alves. Segundo ele, é questão de tempo para que a fusão seja sacramentada.“Estamos aguardando a esfera nacional, já tivemos a sinalização do nosso líder federal Adolfo [Viana] de que tudo caminha para fusão, de fato, com o Podemos”, afirmou ao portal A TARDE.Já o presidente municipal do Podemos, João Cláudio Bacelar, diz que também segue aguardando as diretrizes da sigla em âmbito nacional. “Sei que está bem avançada a questão da fusão, e deve acontecer”, declarou.Governo x oposiçãoNa Bahia, a federação entre as siglas esbarra nos posicionamentos partidários de ambas legendas. Isso porque, tanto na esfera estadual como municipal, o PSDB é alinhado com o governo Bruno Reis (União Brasil) e o Podemos com Jerônimo (PT), rivais históricos.O dirigente municipal do Podemos diz acreditar que o partido deverá permanecer ao lado do petista. Para isso, segundo João Cláudio Bacelar, a sigla conta com o apoio do vice-presidente nacional, Pastor Everaldo.“O presidente [estadual] Heber [Santana] tem me dito que o partido na Bahia irá permanecer como está, ou seja, na base do governador Jerônimo Rodrigues. Eu torço para que isso aconteça”, contou.Já os vereadores do PSDB pregam cautela sobre qual lado deve ser escolhido com a nova fusão.“É uma questão que tem que se conversar. Então, acredito que uma fusão dessa, no início, precisa ter um alinhamento, até porque cada um tem as suas relações, os parlamentares do PSDB como do Podemos, que não podem ser deixados de lado”.Na mesma linha, o presidente Carlos Muniz diz acreditar que qualquer mudança de posicionamento deve ser tratada de forma coletiva, e não isolada.“Primeiro, eu sou povo. Eu não sou nem de Jerônimo, nem de Bruno Reis. Segundo, eu quero dizer que a decisão é uma decisão do colegiado. Nenhum presidente pode tomar uma decisão sozinho. Eu acho que o colegiado que vai se posicionar de que forma ele vai compor a partir do momento em que a federação estiver realizada”, concluiu.Fusão partidáriaNa prática, uma fusão partidária tem o objetivo de transformar dois partidos em um só. Deste modo, a sigla ficará mais “forte”, isto é: mais dinheiro para campanhas;mais espaço na divisão de emendas;maior espaço para relatar projetos e presidir comissões no Congresso; emaior tempo de TV e rádio nas eleições de 2026.