Os aplicativos de pagamento PicPay e Mercado Pago voltaram a protagonizar uma prática que gerou forte repercussão entre os usuários em anos anteriores: a redução inesperada dos limites de cartão de crédito. Em 2025, relatos de novos cortes voltaram a ganhar força, reacendendo o alerta para os critérios adotados pelas plataformas na gestão de risco e crédito.
Recentemente, um cliente do PicPay relatou que, mesmo possuindo saldo investido no chamado “cofrinho do cartão”, teve seu limite total reduzido. Segundo o aviso enviado pela fintech, a mudança acontecerá em até 30 dias, seguindo diretrizes do Banco Central.
O que motiva a redução de limite?
A redução de limite no cartão pode ocorrer por diversos fatores, e tanto o PicPay quanto o Mercado Pago afirmam seguir políticas internas baseadas em análise de risco de crédito. Entre os principais motivos observados, estão:
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Histórico de pagamento (atrasos ou inadimplência);
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Utilização baixa ou excessiva do limite atual;
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Risco de crédito elevado em outras instituições;
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Presença de restrições no CPF (nome negativado);
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Relação entre renda declarada e crédito total utilizado.
Essas análises são processadas por algoritmos que avaliam o comportamento financeiro dos clientes, mesmo que o cartão tenha sido usado corretamente e esteja com pagamentos em dia.
Caso real: limite reduzido mesmo com valores aplicados
Um caso relatado por um internauta ilustra bem a situação: ele possuía um limite total de R$ 2.507, dos quais R$ 1.621 estavam investidos no cofrinho do cartão. Ainda assim, recebeu aviso de que o limite seria reduzido em breve. Isso revela que, mesmo com investimentos vinculados ao cartão, o fator principal para a fintech é o risco de inadimplência geral do cliente.
Apesar de a redução não ter sido imediata — o aviso foi enviado com 30 dias de antecedência, conforme determina o Banco Central — a mudança gerou frustração, principalmente por não haver clareza sobre os critérios objetivos que levaram à decisão.
E o Mercado Pago?
Assim como o PicPay, o Mercado Pago também iniciou a redução de limites de alguns usuários nas últimas semanas. Embora muitos tenham recebido aumento, outros foram surpreendidos com cortes. Segundo especialistas, a prática é comum em momentos de incerteza econômica ou instabilidade no mercado de crédito.
Entre os critérios considerados pela empresa, destacam-se:
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Grau de utilização do cartão (ideal é manter o uso entre 30% e 60% do limite);
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Score de crédito e restrições no nome do cliente;
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Endividamento global em outras instituições financeiras.
O Mercado Pago reforça que avalia constantemente o perfil de risco de seus clientes e que a manutenção ou aumento de limite depende do uso responsável e constante do cartão, além da ausência de pendências financeiras.
Como evitar a redução de limite?
Para minimizar o risco de ter o limite cortado em plataformas como PicPay e Mercado Pago, os especialistas recomendam:
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Utilizar parte do limite disponível regularmente (sem ultrapassar 60%);
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Evitar restrições no nome, como dívidas em atraso;
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Não comprometer todo o crédito disponível em outras instituições;
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Manter investimentos vinculados ao cartão, quando possível;
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Ficar atento a mudanças no comportamento financeiro que podem sinalizar maior risco.
Além disso, vale lembrar que, caso a redução aconteça sem aviso prévio de 30 dias, o consumidor pode acionar os órgãos de defesa do consumidor ou buscar reparação judicial, conforme já ocorreu com clientes de outros bancos.
A retomada das reduções de limite no PicPay e no Mercado Pago em 2025 acende um alerta para os usuários que dependem dessas fintechs para o uso cotidiano do cartão de crédito. Embora sejam plataformas com histórico de acessibilidade, a gestão de risco agressiva pode surpreender até os bons pagadores.
Manter uma postura financeira saudável, acompanhar seu score e diversificar instituições de crédito são estratégias importantes para quem deseja evitar surpresas desagradáveis e proteger seu poder de compra.
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