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Para os investigadores, o caso não configura apenas violência doméstica, mas sim um processo de tortura sistemática, com sinais de perversidade incomuns até entre crimes semelhantes.“Estamos diante de um verdadeiro carrasco. A frieza das mensagens, o padrão de agressões e a omissão deliberada de socorro mostram um cenário de terror que vinha se arrastando há meses”, ressaltou o delegado Felipe Santoro, titular da 37ª DP.Mãe confronta homemEm outra conversa, a mãe confrontou o companheiro. “Eu vi você dando uma joelhada nela só porque ela não queria comer”, disse. Em seguida, o homem respondeu com palavrões e negou as agressões de forma violenta. Anteriormente, a menina já havia sofrido uma fratura no braço, que o casal tentou justificar como uma “queda da cama”. Antecedentes criminaisIdentificado como Israel Lima Gomes, conhecido como “Rael”, foi preso no bairro de Paciência, na zona oeste do Rio. Ele já tinha duas passagens criminais: uma por violência doméstica e outra por importunação sexual. De acordo com a polícia, o suspeito não ofereceu resistência no momento da prisão e negou as agressões, além de se referir à vítima como “amorzinho”. Em depoimento, a mãe da criança também negou ter agredido a filha e afirmou se tratar de um “acidente doméstico”. Ainda segundo a polícia, a mãe da menina poderá responder por omissão e, eventualmente, por coparticipação na tortura. O delegado reforçou a importância de denunciar casos de suspeita de abuso e maus-tratos.“Mesmo que pareça tarde, ainda assim é fundamental. Só assim conseguimos agir a tempo e impedir que monstros como esse sigam destruindo vidas”, explicou Felipe Santoro.