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Seu Papa homenageado — Gioacchino Pecci, Papa Leão XIII, eleito em 1878 — foi um dos pontífices mais influentes do século XIX. Conhecido por sua mente aberta e diplomacia, buscou harmonizar a fé católica com os desafios da era moderna. Seu maior legado foi a encíclica Rerum Novarum (1891), documento pioneiro que defendia os direitos dos trabalhadores, condenava a exploração capitalista e apoiava sindicatos, marcando o nascimento da Doutrina Social da Igreja. Foi um ato de muita coragem para a época.Além disso, Leão XIII promoveu o diálogo entre fé e ciência, incentivou o estudo de São Tomás de Aquino e modernizou o Vaticano, adotando novas tecnologias como a eletricidade. Sua visão progressista, mesmo enraizada na tradição, deixou um impacto duradouro, provando que a Igreja podia evoluir sem perder sua essência. Lembrando que ele não era um liberal, mas tinha coragem.Já o novo Leão, até suas aparições públicas são calculadas para evitar qualquer risco. Enquanto Francisco abraçava pessoas marginalizadas, Leão XIV distribui bênçãos como se estivesse com medo de pegar algo. Se os tempos pedem coragem, ele responde com cautela — e não daquela sábia, mas daquela que faz todo mundo revirar os olhos.No fim, o início do pontificado de Leão XIV pode ser resumido em uma frase: “O que o Papa Francisco faria?” — seguido imediatamente por: “Melhor não arriscar.” Se a Igreja Católica quiser sobreviver ao século XXI, vai precisar de algo que ele claramente não tem: coragem. Até lá, o rebanho seguirá diminuindo, e o único milagre que restará será o de alguém ainda levar seu papado a sério.Somente pedir ajuda para imigrantes é pouco. O homem é da Doutrina Social, mas, como Leão XIII, não é liberal. O novo Papa preza pela caridade, mas não pela justiça social. É parte de um efluente antigo da Igreja Católica, inspirado em Santo Agostinho, que amalgama espiritualidade, comprometimento com a intelectualidade e a questão social. Não é o que se vê nestes dias iniciais de Leãozinho.Se continuar assim, será excomungado pelas minorias. Olha que, até como adepto do tênis, fiquei feliz por ele ser tenista. Mas está sacando para fora da quadra.Escritor e jornalista. Autor do romance “Estilhaços de uma existência”, dentre outras obras.