Saiba quem é o general Freire Gomes, testemunha do STF sobre o golpe

O ex-comandante do Exército, o general Marco Antônio Freire Gomes, prestará depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 19, como testemunha de acusação no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

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Marco Antônio Freire Gomes nasceu em 31 de julho de 1957 no interior de São Paulo. Ele é filho do coronel de Cavalaria do Exército Francisco Valdir Gomes e de Maria Enilda Freire Gomes.Foi estudante dos colégios militares do Rio de Janeiro e de Fortaleza, passou pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e se formou em 1980, sendo declarado aspirante a oficial da Cavalaria.Foi para os Estados Unidos, onde passou pelos cursos de gerenciamento de crise e de contraterrorismo e coordenação intransigências. No Egito, realizou o Senior Mission Leaders Course (Curso para Líderes de Missão Sênior, em tradução livre).Em sua carreira militar serviu no 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado (RC Mec), em Bela Vista (MS); no 10º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, em Recife; e no 16º RC Mec, em Bayeux (PB).Como oficial, foi chefe da Divisão de Operações e da Divisão de Inteligência do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), chefe do Serviço Militar Regional do Comando da 11ª Região Militar, em Brasília, adido militar de Defesa e do Exército junto à Embaixada do Brasil na Espanha; chefe da Seção de Doutrina e Assistente da 3ª Subchefia do Estado-Maior do Exército, em Brasília; oficial do Estado-Maior Conjunto do Ministério da Defesa e, novamente, oficial do GSI.Também já esteve nos cargos de comandante da Brigada de Operações Especiais e do Comando de Operações Especiais, em Goiânia; 1º Subchefe do Comando de Operações Terrestres (Coter), em Brasília; comandante da 10ª Região Militar, em Fortaleza; secretário-executivo do GSI; comandante militar do Nordeste, em Recife; e comandante de Operações Terrestres, em Brasília.Chegou ao comando do Exército em março de 2022, no lugar de Paulo Sérgio Nogueira, que assumiu a pasta da Defesa após Walter Braga Netto deixar o ministério para compor a chapa do então presidente Jair Bolsonaro nas eleições daquele ano.Depoimento no STFFreire integra as 82 testemunhas que devem ser ouvidas pelo STF nas próximas duas semanas. Ele teria sido pressionado para aderir à trama golpista, assim como o brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica.Nesta etapa, os depoimentos são conduzidos pelos juízes-auxiliares do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. As audiências serão realizadas por videoconferência e acompanhadas pelas defesas dos denunciados, além de representantes da Procuradoria-Geral da República.AcusaçãoNo início deste ano, Bolsonaro e mais sete denunciados pela trama golpista viraram réus no STF e passaram a responder a uma ação penal pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

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