FII VGHF11 paga 1,16% ao mês e pode dobrar dividendos com alta da Selic

O fundo imobiliário VGHF11, gerido pela Valora Investimentos, vem chamando atenção de investidores por entregar um dividendo mensal de R$ 0,09 por cota, o que representa um rendimento líquido de 1,16% ao mês ou 14,84% ao ano, isento de imposto de renda. Mas será que esse patamar de distribuição pode subir ainda mais? Analisamos o relatório gerencial de abril de 2025 para entender o real potencial de valorização do fundo.

Cotação atual e histórico de rendimentos

Com cotas negociadas em torno de R$ 7,75 e P/VP de 0,92, o VGHF11 está com desconto em relação ao valor patrimonial. Historicamente, o fundo chegou a pagar até R$ 0,15 por cota, especialmente em períodos de Selic elevada, como o atual. Se repetir esse patamar, o rendimento pode chegar a quase 2% ao mês, o que o colocaria entre os FIIs mais rentáveis da categoria.

Comparativo com renda fixa

O retorno atual do VGHF11 supera inclusive o de um CDB que rende 100% do CDI. Considerando a tributação de 15% sobre o CDB, a rentabilidade líquida mensal deste é de 0,98%, contra 1,16% do fundo. Simulações de longo prazo mostram que um investimento de R$ 10 mil renderia R$ 159 mil em 20 anos no VGHF11, contra R$ 103 mil no CDB.

Estrutura e diversificação

O fundo possui mais de R$ 1,4 bilhão alocado em ativos, distribuídos entre:

  • 48% em CRIs, com duration média de 2,7 anos

  • 15% em fundos imobiliários

  • 6% em cotas de SPEs

  • 1% em FIDCs

  • R$ 18 milhões em ações do setor imobiliário

Apesar de contar com uma alocação relevante em ativos da Elbor, representando até 10% da carteira, o portfólio é considerado bem pulverizado.

Destaques do relatório gerencial

O fundo apresentou em abril:

  • Retorno total de R$ 0,19 por cota (32,3% anualizado sobre a cota patrimonial)

  • Aquisição de R$ 29,8 milhões em CRIs IPCA+10,4% ao ano

  • Rentabilidade da carteira de CRIs de IPCA + 11,61%

  • Receita de R$ 18,4 milhões no mês, contra R$ 14,7 milhões em março

  • Reserva acumulada superior a 2 centavos por cota, sugerindo espaço para aumento nos dividendos

Conflitos e riscos

O VGHF11 possui exposição ao fundo VEGRI, da mesma gestora, que enfrenta alta vacância (cerca de 20%), o que levanta preocupação sobre possíveis conflitos de interesse. Além disso, o fundo ainda carrega ativos inadimplentes, como os CRIs das Celinas e do Guaicurus, que já foram marcados a zero e podem trazer retorno caso resolvidos.

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