Saiba tudo que Iuri Sheik falou durante júri popular por homicídio

Quase seis anos depois do crime que chocou o Recôncavo Baiano, o digital influencer Iuri Santos Abraão, conhecido como Iuri Sheik, senta no banco dos réus para responder pela acusação de homicídio qualificado. Ele é acusado de matar a tiros o empresário William de Oliveira, de 28 anos, durante os festejos juninos de 2019, em Santo Antônio de Jesus.O julgamento teve início nesta terça-feira, 20, no Fórum Desembargador Wilde Oliveira Lima, no município onde o crime ocorreu. 

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O Portal A TARDE acompanhou in loco o júri popular de Iuri Sheik nesta terça-feira. Durante o depoimento no tribunal, Iuri alegou legítima defesa e atribuiu a motivação do confronto a uma antiga relação com Bianca Feitosa, ex-namorada de William e mãe da filha caçula do empresário.Depoimento de Iuri Sheik”Quando ele encostou, já dei nele. Quando ele colou e perguntou: ‘colé, homem?’ Perguntei: ‘colé, o quê?’ E puxei a arma dele e ‘atirei para baixo”, afirmou Iuri Sheik, em referência ao momento do disparo.O digital influencer sustentou que vinha sendo perseguido por William por conta de ciúmes envolvendo Bianca: “Ela estando com ele, eu pegava ela. Ela queria causar ciúme nele e ficava me chamando. Ele [William] já tinha esse ódio por causa de Bianca.”

|  Foto: Olga Leiria | Ag. A TARDE

Ainda em depoimento, Iuri tentou se defender da acusação de ter atirado pelas costas: “Está repreendido! Eu ia fazer isso com o rapaz? Eu não atirei nas costas dele.”E completou: “Nunca tive intenção, lutei o tempo todo pela minha vida. Tinha a minha história, minha família. Sei que ele tinha mãe e tinha filhas, mas ele me perseguiu o tempo todo.”

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Iuri Sheik

Bianca questiona acusaçõesDurante entrevista exclusiva ao Portal A TARDE, Bianca Reis, ex-namorada de William, negou veementemente ter sido amante dele, conforme alegado pela defesa de Iuri Sheik. Bianca afirmou que o contato que mantinha com Iuri se dava pelo meio profissional, já que William trabalhava em festas como empresário de banda, e Iuri sempre estava presente nesses eventos.“O contato que eu tinha com a Iuri era porque o William trabalhava em festa, era empresário de banda, e eu frequentava muito com ele, e Iuri sempre estava nesse meio. Por ser uma pessoa que eu conhecia, eu cumprimentava.”Ela destacou que não compreende a motivação real do crime e que a única explicação que enxerga é a tentativa de Iuri de usar sua imagem para justificar o ato.“Eu acho que foi o único motivo que ele tentou encaixar. Porque, como eu digo e repito, se todo mundo me perguntar qual foi o motivo, eu não sei dizer.”Ela ainda relatou que as acusações de Iuri nas redes sociais, que expuseram seu nome e imagem, prejudicaram sua vida.“Me mencionou nas redes sociais: meu nome, meu Instagram, foto minha. Eu tenho filha, eu tenho mãe, eu tenho minha vida. O erro foi dele, não foi meu. Me prejudicou também profissionalmente, com certeza. Graças a Deus, a empresa em que eu trabalho — eu sou supervisora comercial de uma empresa — e, graças a Deus, o meu respaldo e quem me conhece lá dentro, não chegou a me prejudicar pela minha postura e por quem eu sou lá. Só que poderia, sim, ter me prejudicado, manchado a minha imagem. Mas, graças a Deus, quem está ao meu redor sabe quem eu sou. E sabe que ele só está tentando agarrar alguma oportunidade de ser livre.”Acusado de homicídio qualificado, Sheik responde em liberdade desde setembro de 2020, quando conseguiu um habeas corpus após ficar preso por pouco mais de um ano. Ele havia sido detido no dia 26 de junho de 2019, três dias após o crime, ao se apresentar na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Salvador.

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