Neste 21 de maio, Dia Mundial da Diversidade Cultural, o Sebrae Minas divulgou um levantamento que mapeou as ações de diversidade em pequenos negócios mineiros. De acordo com a pesquisa “Diversidade, Equidade e Inclusão”, mais da metade dos entrevistados (53%) reconhece a importância do tema e diz que implementa ações para estimular a diversidade no ambiente de trabalho.
A terceira edição do estudo foi realizada entre os dias 1º e 23 de abril e ouviu 485 empreendedores (entre microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas) de todo o estado.
As ações mais recorrentes citadas pelos entrevistados estão relacionadas à igualdade racial (47%), de gênero (36%) e à inclusão de pessoas mais velhas (34%). Perguntados sobre os principais benefícios observados ao implantar ações de diversidade nas empresas, 47% das pessoas citaram o ambiente de trabalho mais acolhedor. Em seguida, o estímulo à inovação e criatividade (28%), e em terceiro lugar, a redução de conflitos e respeito às diferenças (26%).
“A pesquisa mostra que a diversidade já é uma realidade em mais da metade dos pequenos negócios mineiros e isso representa uma oportunidade estratégica para inovação e competitividade dentro do mercado”, pontua Izabella Diniz Siqueira, analista do Sebrae.
“Com uma equipe diferente, eles podem ter perspectivas diferentes, desenvolverem soluções criativas e existe ainda uma melhoria da imagem no mercado, já que os consumidores estão cada vez mais valorizando essa questão de marcas inclusivas”, completa.
O levantamento aponta ainda que 60% dos entrevistados têm empregados, sendo que 31% deles consideram haver representatividade de minorias em seus quadros profissionais, com destaque para a diversidade racial (24%), de gênero (18%), etária (15%) e LGBTQIAPN+ (13%).
Desafios
Por outro lado, a pesquisa revela os motivos que ainda impedem alguns empreendedores de adotarem ações de diversidade. Em primeiro lugar, a percepção de que não há vantagens em desenvolver essas práticas (citado por 19% dos entrevistados), seguido pela ideia de que essas ações são voltadas apenas para grandes empresas (12%) e pela falta de recursos (8%).
Outro dado de destaque é que a maioria das pessoas entrevistadas (76%) afirmaram que não possuem nenhum produto ou serviço em sua empresa voltados para pessoas LGBTQIAPN+, pessoas com deficiências, de corpos diferentes, pessoas negras ou pessoas mais velhas (50+).
O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva destaca: “Embora muitos empreendedores já reconheçam a importância do tema, ainda há um longo caminho a ser percorrido, que passa por uma mudança cultural nas empresas e para que sejam adotadas práticas efetivas”.
“Empresas que abraçam a diversidade e a inclusão ampliam sua capacidade de inovação, conectam-se melhor com as pessoas e fortalecem sua reputação no mercado, tornando os negócios mais justos, competitivos e preparados para os desafios do mercado”, enfatiza.
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