Esquema de fraudes bancárias desvia R$ 20 milhões em Minas Gerais

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, nesta quinta-feira (22), 15 pessoas pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, falsificação e uso de documentos falsos. A operação Descrédito mira uma organização criminosa responsável por fraudes bancárias que movimentaram mais de R$ 20 milhões.

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A ação envolveu 130 policiais civis que atuaram nas cidades de Belo Horizonte, Ribeirão das Neves, Sabará, Betim, Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, e São Sebastião do Paraíso, no Sul do estado. Além das prisões, os agentes cumpriram 20 mandados de busca e apreensão, além de representarem pelo bloqueio de 97 contas bancárias falsas.

De acordo com o delegado Tiago Bordini, responsável pela investigação, as apurações tiveram início em setembro de 2024. “Uma vítima da nossa cidade, lá de São Sebastião do Paraíso, procurou a delegacia informando que alguém estaria utilizando seus dados de forma ilícita. Ele estaria com o nome negativado, inclusive com pendências na justiça do trabalho sem que ele realmente devesse”, disse.

A partir daí, os levantamentos da Polícia Civil apontaram para a existência de uma organiação criminosa com pelo menos 18 integrantes, que atuavam falsificando documentos e obtendo empréstimos de forma ilícita. Entre eles, estavam funcionários e gerentes de instituições financeiras, responsáveis por viabilizar o trabalho dos golpistas que faziam as movimentações.

“Uma conta falsa foi aberta no nome da vítima e um suspeito de BH estava se passando por ela. Estava exercendo todos os atos da vida civil, como se fosse aquele indivíduo de São Sebastião do Paraíso, inclusive, utilizando documentação falsa, sendo processado na Justiça do Trabalho”, completa o delegado.

Foram identificadas pelo menos 100 vítimas até o momento, entre pessoas físicas e jurídicas.

O esquema

Conforme as investigações, a organização criminosa contava com um coordenador, que conectava os falsificadores de documentos e demais estelionatários aos gerentes das instituições financeiras.

“Funcionava assim: o gerente, já sabendo da fraude, levantava no seu sistema alguns CPFs e CNPJs de score mais alto, ou seja, aqueles mais rentáveis. E ele mandava uma lista para o coordenador da organização criminosa”, explica.

“Esse, por sua vez, encaminhava esses CPFs a um falsificador de documentos, que falsificava cédulas de identidade CNH com esses CPFs, com os dados portanto de vítimas, que não tinham conhecimento dessa situação. Alguns outros estelionatários forneciam a sua fotografia e uma assinatura falsificada para ir naquela cédula de RG ou de CNH”.

Com os documentos em mãos, os criminosos conseguiam abrir contas em nove das vítimas e efetuar empréstimos. “Chegamos a identificar, por exemplo, uma conta bancária de uma instituição financeira em que eles fizeram um empréstimo de meio milhão de reais”.

Ainda conforme a PCMG, alguns dos suspeitos chegaram a confessar a participação no esquema quando ouvidos pela polícia. A suspeita é de que existam mais vítimas ainda não identificadas. As investigações continuam.

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