Wagner nega volta de Rui ao governo e reafirma candidatura ao Senado

A possibilidade da candidatura de Rui Costa, ministro da Casa Civil, ao governo do estado em 2026 foi totalmente descartada pelo líder do governo Lula no Senado, Jaques Wagner. Os rumores voltaram a circular nos últimos dias, mas o senador garantiu que a possibilidade do movimento acontecer é zero.

Leia Também:

Ponte sobre o Rio Jequitinhonha será demolida; saiba detalhes

Marinho endossa filiação de Leo Prates ao Republicanos: “Tem o perfil”

Governo avança com obras de ampliação do Aeroporto de Feira

“Na minha cabeça está totalmente descartada. Conversei com Rui, na cabeça dele também está totalmente. Mas, de novo, para mim isso é mais uma fofoca que só visa a trazer intranquilidade para um governador que tem trabalhado muito. Então, eu sou pela naturalidade na política. Quem está na cadeira tem direito à reeleição? Então na minha opinião é ele que vai ser o candidato”, afirmou Wagner em conversa com a imprensa na manhã desta sexta-feira, 23, durante o anúncio de investimentos do Governo Federal para os portos de Aratu e Ilhéus,que aconteceu no Terminal de Cruzeiros (Contermas), no Comércio, em Salvador.O senador também comentou que as conversas que vão definir a composição da chapa majoritária só devem ser intensificadas no final do ano. Na ocasião, ele fez questão de reafirmar que seu nome está na disputa, após aumentarem as conversas nos bastidores sobre uma possível desistência para a chegada de Rui e a permanência de Angelo Coronel (PSD), que também busca manter sua cadeira no Senado.“A unidade vai ser construída sem essa necessidade. Eu acho que as pessoas tem que aguardar um pouco. Eu falei de uma hipótese quando eu apresentei, porque o ministro Rui ficou até o final, como eu fiquei até o final, portanto é de direito dele reivindicar uma vaga agora no Senado. Tem dois já assentados da base, eu e Coronel, mas vamos fazer essa discussão mais adiante. Por enquanto não estou abrindo mão de nada”, pontuou.“Compromisso com Lula”O governador Jerônimo Rodrigues (PT) preferiu o mistério ao ser questionado sobre a chapa para as eleições de 2026. Em visita institucional ao Grupo A TARDE na manhã de quinta-feira, 22, o gestor decidiu não revelar detalhes sobre o plano para a sua reeleição, mas indicou que a formação da majoritária pode ser influenciada pelo cenário nacional.“Eu acho que é uma chapa que tem que olhar para a Bahia, dar continuidade, melhorando o que nós temos que fazer. Agora nós também temos um compromisso com Lula, com um projeto nacional. Essa relação na Bahia não pode atrapalhar de termos um país com democracia, com combate à fome, esse é o nosso olhar, o olhar a Bahia dentro do Brasil, olhar o Brasil com a coberta sobre a Bahia, é uma relação parceira”, contextualizou o governador.A fala do governador vem em meio às incertezas em relação a continuidade da aliança com alguns partidos da base. O PSD, de Otto Alencar, pode romper com o PT baiano, caso o partido execute a ideia de lançar uma chapa puro-sangue com Jaques Wagner e Rui Costa nas vagas ao Senado. O desenho excluiria o senador Angelo Coronel de uma tentativa à reeleição. Além disso, no cenário nacional, o PSD se aproxima cada vez mais da oposição a Lula, apesar de ocupar ministérios no governo.Já o MDB corre o risco de perder sua autonomia na Bahia e a vaga de vice na chapa, caso a federação com o Republicanos seja confirmada. O partido liderado pelo bispo da Igreja Universal e deputado federal, Márcio Marinho, é aliado de primeira hora de ACM Neto (União Brasil) e deve apoiar uma nova candidatura do ex-prefeito de Salvador ao governo.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.