A Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou no dia 24 de maio a entrada em operação de uma nova plataforma no campo de Mero, localizado na Bacia de Santos, no pré-sal brasileiro. A novidade é estratégica: a plataforma começou a operar dois meses antes do previsto, incrementando de forma expressiva a capacidade produtiva da companhia, que passa de 590 mil para 770 mil barris de petróleo por dia, além de processar cerca de 12 milhões de metros cúbicos de gás diariamente.
O ativo, operado em parceria com gigantes do setor como Shell (19%) e TotalEnergies (19%), consolida o modelo de parcerias da Petrobras em projetos de elevado investimento, estratégia que também será replicada na exploração da promissora margem equatorial.
Produção antecipada fortalece geração de caixa
O início da operação antes do previsto deve impulsionar os resultados operacionais da Petrobras já a partir do segundo trimestre de 2025, fortalecendo a geração de caixa livre — indicador-chave para a política de distribuição de dividendos da companhia. A Petrobras mantém como diretriz a distribuição de 45% do fluxo de caixa livre aos acionistas, reforçando o compromisso com uma remuneração atrativa e sustentável.
Proventos de até R$ 4,60 por ação projetados para 2025
Segundo as projeções do mercado, a Petrobras poderá distribuir até R$ 4,60 por ação em proventos ao longo de 2025, considerando o atual cenário operacional e de preços do petróleo. Vale destacar que este valor se refere à política ordinária de dividendos e não inclui eventuais dividendos extraordinários, que dependem de fatores como aumento na produção e estabilidade nos preços do petróleo, atualmente cotado abaixo de US$ 80 por barril.
A política de remuneração da Petrobras se diferencia pela base no fluxo de caixa livre, um indicador mais conservador que o lucro líquido, pois representa a capacidade real da empresa de gerar recursos após cobrir despesas e investimentos.
Data-com em 2 de junho: três proventos garantidos
Os investidores da Petrobras devem ficar atentos à próxima data-com, marcada para 2 de junho. Estão previstos três proventos para quem tiver ações até essa data:
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R$ 0,14 por ação em Juros sobre Capital Próprio (JCP);
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R$ 0,30 por ação em dividendos;
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R$ 0,45 por ação em JCP.
Considerando o desconto do Imposto de Renda aplicável sobre o JCP (15%), o valor líquido total a ser recebido será de aproximadamente R$ 0,80 por ação, com pagamentos escalonados entre agosto e setembro de 2025.
Próximos pagamentos confirmados:
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R$ 0,45 bruto de JCP em 20/08/2025
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R$ 0,30 de dividendos em 22/09/2025
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R$ 0,14 bruto de JCP também em 22/09/2025
Todos os acionistas, tanto de PETR3 quanto de PETR4, terão direito aos mesmos valores, com proteção integral de tag along.
Cenário desafiador e oportunidades
Embora a Petrobras siga comprometida com uma política consistente de distribuição de proventos, a volatilidade do mercado internacional de petróleo impõe desafios. A cotação atual do barril pode limitar a distribuição de dividendos extraordinários, mas não compromete os pagamentos ordinários previstos.
O desempenho operacional no segundo trimestre, especialmente em termos de produção e vendas, será determinante para validar as projeções e potencialmente elevar a expectativa de remuneração aos acionistas.
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