O CPTS11, um dos maiores fundos imobiliários do Brasil, continua sendo uma das escolhas mais populares entre os investidores. Com mais de 350.000 cotistas e um patrimônio superior a R$ 2,5 bilhões, o fundo vem atraindo atenção devido à sua excelente liquidez diária, que supera os R$ 8 milhões. No entanto, o desempenho do fundo tem mostrado algumas oscilações que exigem análise detalhada, especialmente quando se observa sua composição e estratégias de investimentos.
Desempenho recentemente
No último relatório gerencial de abril de 2025, o fundo apresentou uma rentabilidade acumulada de 12,5% nos últimos 12 meses. Isso demonstra um bom desempenho, mas também revela a desvalorização do preço das cotas, que recentemente caíram de R$ 10 para R$ 7,34. Em seu pior momento, no final de 2024, CPTS11 atingiu a mínima de R$ 6,15, mas desde então tem mostrado sinais de recuperação, o que anima os investidores.
Composição do portfólio: diversificação e desafios
Uma das principais características do CPTS11 é a sua exposição a outros fundos imobiliários e a CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). De acordo com o relatório mais recente, aproximadamente 54% do patrimônio do fundo está investido em cotas de outros FIIs, com destaque para fundos imobiliários de tijolo (90%). Embora essa diversificação seja vista como uma estratégia sólida, também há preocupações com a alta concentração em fundos administrados pela própria gestora, a Capitânia.
Adicionalmente, 35% do fundo está alocado em CRIs, sendo a maior parte indexada ao IPCA. Esse fator pode ser visto como um ponto positivo em tempos de alta inflação, mas a baixa exposição ao CDI pode afetar a rentabilidade futura do fundo, especialmente considerando a atual taxa de juros.
Rentabilidade e projeções para o futuro
No mês de maio de 2025, o CPTS11 distribuiu R$ 8,5 por cota, após apresentar uma receita líquida de aproximadamente R$ 33 milhões. Isso representa uma rentabilidade superior a 1% ao mês, o que é atraente para investidores que buscam renda passiva. Contudo, a grande questão que permanece é se o fundo conseguirá manter ou até aumentar essa distribuição no futuro, considerando sua recente oscilação de preços e a mudança nas suas estratégias de alocação.
Exposição ao risco: o que esperar?
Apesar de sua boa rentabilidade e do potencial de valorização, o CPTS11 apresenta alguns riscos que os investidores devem observar com atenção. Sua exposição excessiva a cotas de fundos desconhecidos pode gerar riscos inesperados no futuro, principalmente se esses fundos apresentarem dificuldades financeiras. Além disso, a estratégia de ancoragem em fundos próprios da Capitânia também levanta questionamentos sobre a transparência e a diversificação real do portfólio.
O post CPTS11: análise atualizada – o maior FII base 10 e suas perspectivas para 2025 apareceu primeiro em O Petróleo.