Com os recentes reboliços no mercado comercial do Brasil com outros países, diante da confirmação do primeiro caso de gripe aviária no país e as tarifas de exportação impostas por Donald Trump, o setor exportador enfrenta uma desaceleração de commodities com grandes parceiros comerciais.De acordo com o deputado federal Mauro Benevides, essa é a oportunidade para que o país abrace a competitividade para fortalecer o mercado exportador, que já uma das principais receitas do país.“Se o Brasil tiver um pouquinho mais de competitividade, e a reforma tributária agora vai dar um avanço ao setor exportador porque nós vamos pagar os créditos de ICMS acumulados que nunca foram pagos, esses valores vão ser pagos para o setor exportador, que vai aumentar a competitividade”, disse o economista em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE.Lei de ReciprocidadeEm abril, o governo federal decidiu aplicar a Lei da Reciprocidade em todo o país, em resposta ao tarifaço de 25% de Donald Trump. A medida previa o pagamento da taxa em todo o aço e alumínio exportado pelo Brasil aos EUA.O texto estabelece critérios para a suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual em resposta a medidas unilaterais adotadas por país ou bloco econômico que impactem negativamente a competitividade internacional brasileira.Para Benevides, o Brasil pode ficar tranquilo quanto às medidas impostas pelos EUA já que maior parte dos laços comerciais brasileiros estão concentrados em outros países como a China e Canadá.“Então, apesar de todo mundo falar das dificuldades que isso possa exigir para o Brasil, eu já vejo de maneira diferente. Acredito que o Brasil vai não só através da China, que já está procura o Brasil para suprimento de vários pontos, inclusive do setor de frigoríficos, setor de carnes aqui no Brasil, mas também de aviação, que é a Embraer, que vendia muito para os Estados Unidos, e agora vai vender mais para a China. O FMI reduziu em 0,5% a taxa de crescimento do PIB internacional, mas mesmo assim, eu acho que o Brasil pode ter grandes escolhas”, continuou ele.Gripe aviária estremece exportaçõesA confirmação do primeiro caso de gripe aviária no país mexeu com diversos parceiros comerciais do Brasil, que suspenderam a venda da carne de frango e de ovos, sem tempo determinado.Para a economista Juliana Ianhz, o Brasil precisa ampliar o leque de parceiros comerciais para evitar turbulências econômicas no país.“O país precisa buscar novos parceiros comerciais para reduzir a dependência dos principais países importadores. Além disso, a busca por acordos bilaterais e multilaterais poderia ajudar a estabelecer uma resposta mais rápida e coordenada em casos de crises sanitárias”, continuou ela.
“Se o Brasil tiver competitividade, o setor exportador cresce”, diz Mauro Benevides
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