Na última terça-feira, 27 de maio, a CSN Mineração (CMIN3) viu suas ações caírem mais de 5% após uma importante revisão de recomendação feita pelo Morgan Stanley. O banco cortou a recomendação da mineradora para “underweight”, refletindo uma visão negativa sobre o futuro próximo da empresa. Mas o que isso significa para os investidores que acompanham a CSN, especialmente aqueles interessados em dividendos e perspectivas de longo prazo?
Revisão do Morgan Stanley: O que mudou?
O relatório enviado aos clientes do Morgan Stanley reduziu o preço alvo das ações da CSN Mineração de R$ 6,20 para R$ 5,30. A revisão se baseia em uma análise mais cautelosa sobre a oferta e demanda no setor de mineração e as dificuldades relacionadas ao principal projeto de expansão da companhia, a mina Itabirito P15.
Este projeto, que visa aumentar significativamente a capacidade de produção de ferro da CSN, tem enfrentado atrasos recorrentes desde 2023, com previsão de início de operações agora para 2027. O banco destaca que os riscos de execução deste projeto têm se mostrado crescentes, o que afeta diretamente a confiança dos investidores.
O impacto no preço das ações e nos dividendos
As ações da CSN Mineração estão atualmente sendo negociadas a R$ 5,22, refletindo a queda após a revisão do Morgan Stanley. Embora o preço esteja abaixo da meta do banco, o cenário atual sugere que as ações estão em um ponto neutro, sem grandes flutuações no curto prazo.
A CSN Mineração, apesar das incertezas no curto prazo, apresenta um cenário de dividendos promissores para 2025. A empresa tem uma política robusta de distribuição de dividendos, com um Yield de 13,25% registrado no ano anterior e uma expectativa de manter um dividendo estável. No início de 2025, já foram distribuídos 26 centavos por ação, superior aos 19 centavos do ano passado, sinalizando uma tendência de leve crescimento.
Para os investidores que focam nos rendimentos passivos, a CSN Mineração continua sendo uma opção interessante, com a expectativa de um dividend yield próximo de 13% para 2025, o que representa uma margem de segurança significativa, com preço teto estimado em R$ 12,17.
O que esperar para o futuro
Embora o projeto de expansão da CSN Mineração tenha sido adiado e haja um risco significativo de execução, a empresa se mantém com uma posição financeira sólida. A CSN possui caixa líquido, o que minimiza o risco de alavancagem excessiva. No entanto, a falta de tração no curto prazo pode continuar impactando o desempenho das ações, especialmente se o minério de ferro mantiver sua estabilidade ou flutuar conforme a sazonalidade do setor.
Com uma previsão de estabilidade nos preços do minério de ferro até setembro, o segundo semestre de 2025 pode ser mais promissor para a mineradora, com potenciais ganhos para quem buscar o setor como uma alternativa de investimento passivo e de longo prazo.
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