O primeiro trimestre de 2025 foi desafiador para o Banco do Brasil. Com a divulgação de lucros abaixo das expectativas de mercado, as ações do banco sofreram uma queda significativa, deixando investidores com diversas dúvidas sobre o futuro do ativo. Mas será que essa queda é uma oportunidade de compra ou uma armadilha? Vamos analisar.
Lucros abaixo das expectativas
O Banco do Brasil anunciou um lucro líquido ajustado de R$ 7,4 bilhões no 1T25, o que representa uma queda de 23% em relação ao 4T24 e 21% comparado ao 1T24. O mercado, que já esperava uma redução, tinha projeções de lucro entre R$ 8,7 bilhões e R$ 9 bilhões, mas o número registrado foi ainda menor. Essa diferença gerou reações negativas, com os investidores se questionando sobre o desempenho do banco no futuro.
Projeções revisadas para 2025: o que esperar?
O Banco do Brasil já havia projetado um lucro anual de R$ 37 a 41 bilhões para 2025. No entanto, com os resultados fracos do primeiro trimestre, o banco revisou suas projeções. No início do ano, as expectativas eram de R$ 38 a 42 bilhões de lucro, mas após o desempenho do 1T25, essas estimativas podem ser ajustadas para baixo. A revisão das previsões de lucro e da margem financeira mostra que o banco precisa de um desempenho excepcional nos próximos trimestres para atingir seus objetivos para o ano.
Impacto no preço das ações: oportunidade ou risco?
Após a divulgação dos resultados, as ações do Banco do Brasil sofreram uma queda de 17%, indo de R$ 29,76 para cerca de R$ 24,60. A cotação atual representa um desconto significativo em relação ao valor patrimonial da ação, que é de R$ 31,72. Isso significa que o banco está sendo negociado a 0,8 vezes seu valor patrimonial, um preço abaixo do que seria o justo para o ativo.
Mesmo com a correção das ações, os números ainda indicam que o Banco do Brasil pode ser uma oportunidade de investimento no longo prazo. Quando se analisa o preço sobre lucro (P/L), a ação negocia atualmente a 6,5 vezes lucro. Historicamente, o banco tem negociado a múltiplos mais elevados, com o P/L em 2024 próximo de 5 vezes lucro, o que indica que o banco pode estar sendo negociado a um preço atraente, mesmo após a queda recente.
Dividendos: um ponto positivo no cenário atual
Para os investidores que buscam renda passiva, o Banco do Brasil oferece uma excelente oportunidade. O banco está com dois juros sobre capital próprio (JCP) em aberto, com datas de pagamento para 12 de junho de 2025. O total pago será de R$ 0,33 e R$ 0,09 por ação, o que representa uma distribuição atrativa para quem já possui ações do banco ou está considerando adquirir mais.
Além disso, o Banco do Brasil realiza oito pagamentos de proventos por ano, o que garante um fluxo constante de renda passiva. No segundo semestre de 2025, o banco já tem planejado o pagamento de dois novos JCP, o que aumenta ainda mais a atratividade da ação para investidores que buscam gerar caixa.
Preço teto e potencial de valorização
Com as atuais projeções de lucro de R$ 30 bilhões para 2025, o preço teto da ação é estimado em R$ 28,90, o que ainda deixa um potencial de valorização de 17% em relação à cotação atual de R$ 24,60. Quando analisamos a metodologia de Benjamin Graham, o preço justo da ação do Banco do Brasil é estimado em R$ 52,00, o que indica um upside de 100%.
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